Joãozinho tem apenas oito anos e é Flamengo. Embora já tenha ido algumas vezes ao Maracanã, com o pai, a mãe e o avô, ainda não entende muito do jogo. Sabe apenas que quando a bola entra é motivo de alegria ou tristeza. Depende da baliza em que chega ao fundo da rede. Quando não entra em lugar algum, geralmente, a turma volta pra casa meio desanimada.
Em seu raciocínio infantil, ele se apega àqueles que seus pais e o avô aplaudem e implica com os que são xingados pela família, enfurecida. Por esse motivo, nos últimos anos, passou a considerar “do mal” nomes como Victor Pereira, Jorge Sampaoli, Tite, Landim e Braz. Todos vítimas de desenhos horripilantes em seu caderno da escola.
Na noite da última quarta-feira, não foram ao Maracanã. Postaram-se diante da TV da sala e, sem entender bem o porquê, o menino percebeu um frisson diferente. “Enfim, nos livramos do Tite”, bufavam o pai e o avô. Conexão feita imediatamente. Ele sabia que o ex-treinador era “do mal”. Se saiu era uma boa notícia!