Nesta quinta-feira (17), a partir das 20h (de Brasília), o Campeonato Brasileiro proporcionará um duelo entre duas equipes que vivem momentos financeiros completamente opostos, mas que atualmente passam por situações parecidas na tabela: Corinthians e Athletico-PR.
O time paulista receberá a equipe paranaense na Neo Química Arena, pela 30ª rodada, em um confronto de alerta, com ambos na luta contra o rebaixamento.
O Timão tem 29 pontos e está na 18ª colocação, dentro da zona de descenso. O Furacão é o 15º, fora do Z-4, mas com 31 pontos, apenas dois de vantagem.
Quem olhava para a parte financeira dos clubes, porém, teria dificuldade de imaginar que as equipes, mesmo com organizações tão diferente nas finanças, vivenciariam um drama esportivo parecido.
A dívida bruta do Corinthians, segundo divulgado pelo próprio clube em um “Dia da Transparência”, é calculada em R$ 2,311 bilhões. Neste ano, o time ainda viu a VaideBet rescindir unilateralmente o contrato de patrocínio máster, que iria até 2026 e previa R$ 370 milhões de pagamento, após o escândalo do possível uso de uma empresa laranja no fechamento do vínculo.
Somente da Neo Química Arena, a dívida corintiana é de R$ 710 milhões – o Athletico-PR, por outro lado, equacionou as pendências que tinha com a reforma da Arena da Baixada (hoje chamada de Ligga Arena) e fechou acordo para pagar R$ 190 milhões, sendo parte à vista e parte parcelada.
O time paranaense foi analisado em nota do economista Cesar Grafietti como o segundo melhor rating financeiro do Brasil, atrás apenas do Flamengo, em categoria AA. O Corinthians, no mesmo levantamento, ficou com nota C.
Ao contrário do adversário paulista, os paranaenses conseguiram reduzir a dívida de 2022 para 2023, passando de R$ 601 milhões para R$ 492 milhões. Enquanto o Athletico-PR virou exemplo, o Corinthians tomou grande parte do noticiário extracampo com a crise.
O mais recente imbróglio envolve Flamengo e o goleiro Hugo Souza. Segundo apurou a ESPN, o Timão recebeu uma resposta negativa do Rubro-Negro, que recusou as garantias oferecidas para a compra do atleta. Com isso, o clube paulista vai ter que pagar mais R$ 500 mil (pela 3ª vez no ano) para escalá-lo na Copa do Brasil, no próximo domingo (20).
Apesar da aparente diferença fora de campo, o cenário nas quatro linhas segue parecido, com o Furacão vivendo um ano difícil depois de se destacar nas últimas temporadas e o Corinthians, apesar de estar nas semifinais da CONMEBOL Sul-Americana e da Copa do Brasil, também tendo um ano complicado.