Luiz Eduardo Baptista, o BAP, foi eleito presidente do Flamengo para o próximo triênio (2025-2027), após eleições realizadas na noite da última segunda-feira (9).
Opositor da então gestão do clube, liderada por Rodolfo Landim, o novo mandatário deverá apostar na entrada de um diretor na vaga do vice-presidente de futebol, cargo ocupado atualmente por Marcos Braz, para cuidar desde a base até o profissional do Flamengo.
O nome mais cotado para assumir esta posição é José Boto. Com trabalho realizado no Benfica, no Shakhtar Donetsk, e atualmente no Osijek, da Croácia, o português é um dos favoritos a comandar o futebol do time carioca durante a gestão de BAP.
Procurado pela ESPN, Boto despistou sobre o acerto e disse que não pode se manifestar no momento
Na época que esteve no Benfica, José Boto chegou a indicar ao clube a contratação de dois atletas: Ousmane Dembélé, hoje no PSG, e Philippe Coutinho, que atualmente está no Vasco. Curiosamente, o dirigente teve as sugestões recusadas e ainda recebeu uma bronca de Luís Filipe Vieira, presidente do time português.
“Sugeri um jogador ao Benfica, o Philippe Coutinho, que agora está no Barça. Ele tinha 16 anos, mas não consegui convencer o presidente. Disse a ele, ‘Compre este jogador, é de topo’.
Mas ele respondeu, ‘Não, está sendo estúpido. Não sabe o que está dizendo. O rapaz só tem 16 anos’”, contou Boto em entrevista ao portal Footbal Hub, da Ucrânia, em 2018.
Ele conta que teve outro caso em que sugeriu e recebeu negativa. “Também tinha outro jogador que custava na altura três milhões de euros, sei que pagar esse valor por um jovem é complicado, mas era o Dembélé, que agora também joga no Barcelona, mas Vieira não quis”.
“Houve um momento em que a direção do Benfica entendeu que queria mais jogadores europeus do que brasileiros por serem mais fáceis de vendê-los para as ligas inglesas. É puramente uma estratégia econômica”, frisou José Boto, que na época da entrevista trabalhava como olheiro do Shakhtar Donetsk.
“O Benfica arrisca e compra muitos jovens. Temos que encontrar talentos e esperar que consigam atingir o nível máximo para serem aproveitados em clubes ingleses, no Real Madrid ou Barcelona, que chegam a pagar 50 a 80 milhões por jogadores feitos”, finalizou.