Aliado de Elmar mandou emenda para obras investigadas pela PF

O Dnocs é vinculado ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e tem um histórico de loteamento político e investigações por desvios. Sua função é mitigar os efeitos da seca, mas nos últimos anos seu orçamento tem sido usado para pavimentação.

Nos contratos investigados pela PF, o TCU (Tribunal de Contas da União) apontou, inclusive, que haveria um desvio de finalidade: o orçamento do Dnocs pode ser usado para estradas vicinais para escoar a produção rural, mas não para asfaltar vias urbanas, como foi feito pela coordenadoria da Bahia nesses contratos.

Em 2021, Cacá Leão pediu que recursos fossem enviados para obras em Jequié, Barra, Jaguaquara, Itaberaba, Rio Real, Pilão Arcado, Aurelino Leal e Cristópolis. Dias depois, o governo empenhou (reservou para pagamento) R$ 38 milhões para a empresa.

Segundo a PF, a Allpha faturou R$ 31,5 milhões em obras nos municípios de Barra, Rio Real, Itaberaba, Jequié, Juazeiro, Cristópolis e Novo Horizonte. Nesse montante, os investigadores apontam um superfaturamento de 13,4%.

A investigação da PF também indica que o grupo teria fraudado licitações no governo de Tocantins e em municípios dos estados do Amapá, Rio de Janeiro e Goiás. Os investigados tiveram uma movimentação financeira de R$ 1,38 bilhão de 2018 a 2024.

A defesa de Francisco Nascimento disse que não iria se manifestar porque ainda não teve acesso à investigação.

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