O Brasil está de volta à final do futebol feminino dos Jogos Olímpicos após 16 anos. Neste sábado, às 17h de Paris (12h de Brasília), a seleção enfrentará os Estados Unidos em busca da inédita medalha de ouro. Exatamente a rival que tirou o sonho em 2004 e 2008.
Em entrevista coletiva no centro de imprensa em Paris, o técnico Arthur Elias e a meia Angelina garantem que os “traumas” do passado não contarão na decisão no Parque dos Príncipes.
“Nao estamos pensando muito nesse histórico, não. O que teve no passado, ficou no passado. Estamos focando no agora, na oportunidade que temos agora. Para nós não tem sido nada de negativo, mas sim de positivo, temos uma oportunidade como essa de disputar uma final de Olimpíadas, acho que as outras coisas nao importam. Importa o que vamos fazer amanhã e, se Deus quiser, sair com a medalha de ouro”, disse a jogadora.
“Sempre olhei o futebol feminino brasileiro com grandes jogadoras, que poderia sempre chegar em momentos decisivos e vencer, sempre acreditei nisso. Depois de 2008, tivemos outras oportunidades também… Eu não tenho nada a ver com o que aconteceu no passado, a Angel não tem nada a ver, só a Marta estava presente, e o fato de ela estar aqui mostra o tamanho que ela é, conseguir chegar a outra Olimpíada bem. Essa memória, esse grupo não tem”, definiu o treinador.
“Nem a imprensa brasileira nem os torcedores precisam ficar preocupados com isso. Nós vamos jogar futebol, jogaremos com uma seleção muito unida, que tem orgulho de representar o nosso país, com atletas talentosas que o mundo está descobrindo, e com certeza do outro lado tem muita seriedade, muito trabalho”.
“Emma (Hayes), para mim, é a melhor treinadora do mundo hoje em dia, tem grandes atletas do outro lado também. Sabemos que vai ser um jogo muito competitivo, uma final olímpica, tomara que seja com tantas emoções como foi em nossa semifinal”, continuou Arthur Elias.
“O futebol merece trabalhos como a seleção vem fazendo, como os EUA sempre fizeram, e temos que parar de falar do passado. O que acontece hoje já tem muitos ingredientes, já tem muita coisa interessante para falar. Ficar recorrendo a essas situações… Não estou nem um preocupado com isso. Meu sentimento é de que estamos perto de um sonho, e que essas atletas vão lutar muito dentro de campo para conseguir”, falou.
Os EUA são os maiores campeões dos Jogos Olímpicos com quatro medalhas de ouro nas sete edições disputadas até agora. O Brasil buscará o terceiro pódio na história.