O Brasil termina as Olimpíadas de Paris com os dois maiores técnicos da história do vôlei ainda em dúvida sobre seus futuros no comando de cada seleção. O ESPN.com.br perguntou, então, a Radamés Lattari, o presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), quais seriam os futuros de Bernardinho e Zé Roberto.
“Eu sempre tive princípios. Vamos ter eleição no dia 15 de janeiro. Bernardinho e Zé têm contrato com a gente até 31 de dezembro. Vou me reunir com os dois. Só posso falar alguma coisa oficialmente após a eleição, até em respeito, caso venha a ter adversários. Atendendo a pedido de inúmeras confederações, eu serei candidato”, disse Radamés.
As duas seleções, claro, vivem momentos bem distintos.
A feminina até saiu um pouco frustrada por não ganhar o ouro, mas conquistou o bronze e dá a sensação de ter uma base sólida construída por Zé Roberto nos últimos anos.
A masculina foi eliminada nas quartas de final pela primeira vez desde 2000 e parece que terá que enfrentar um período de reformulação grande pela frente.
O curioso é que foi Bernardinho quem deu as declarações que pareceram significar mais uma continuidade. Ele praticamente garantiu que fica – se não como técnico, ao menos como dirigente.
“Pode ter certeza que, se eu não estiver como protagonista liderando, eu vou estar próximo. Uma coisa é certa: eu não vou deixar de contribuir de maneira nenhuma com essa rapaziada e com o novo ciclo que se inicia e a gente precisa realmente trabalhar. Nem sei se sou a pessoa ideal para ser o treinador, posso contribuir e vou”, disse o treinador.
Bernardinho saiu da seleção masculina em 2016 e só voltou no ano passado, quando assumiu o time após a saída de Renan dal Zotto. Mas ele só teve alguns meses de trabalho com os jogadores antes das Olimpíadas.
Já Zé Roberto está no comando da seleção feminina initerruptamente desde 2003. E disse que deixará o futuro para ser decidido depois. E não necessariamente por ele.
“A gente tem uma reunião marcada ainda, precisamos conversar. Quem manda em mim é a minha esposa Alcione (risos)”, brincou.