O DHPP diz ainda que o sigilo financeiro de Kauê foi quebrado e mostrou uma transferência feita por ele, via pix, em nome de Matheus Soares, em 17 de novembro, para a rua Euclides Pacheco, 1.819, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, endereço cadastrado pelos dois para o servido de iFood.
Ontem, policiais militares da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) prenderam Matheus Soares e o conduziram até o DHPP. Um casal estava com ele no momento da detenção e também foi levado para o departamento. Gisele e Jean Alves da Silva foram liberados.
O delegado Osvaldo Nico Gonçalves, chefe da força-tarefa criada para apurar a morte de Gritzbach, disse que Matheus Soares confessou ser integrante do PCC (Primeiro Comando da Capital) e admitiu ter dado fuga para Kauê até o Rio de Janeiro.
Já Eduardo Kuntz, defensor do preso, afirmou que o cliente nem foi ouvido oficialmente, não integra organização criminosa e não teve envolvimento no assassinato de Gritzbach. O advogado acrescentou que Matheus Soares irá depor na próxima sexta-feira e que provará a inocência dele no momento oportuno.
Na sexta-feira, PMs da Rota tinham prendido Marcos Henrique Soares Brito, 23, irmão de Matheus Soares, e o tio deles, Allan Pereira Soares, 44. Os militares disseram ter apreendido munição de fuzis com os dois. Eles negaram, como informou ontem esta coluna.
“Intrujou munição”
Familiares de ambos alegaram que a Rota “intrujou” munição no Ford Fiesta de Allan e na moto de Marcos. Na tarde de ontem, a juíza Júlia Petelli da Guia mandou soltar os dois por entender que a prisão foi ilegal e não havia nos autos elementos para comprovar a situação de flagrante.