Centrão disputa governador de olho em 2026

Outro conselheiro diz que Tarcísio deve, ao menos por enquanto, permanecer no Republicanos para aumentar o arco de alianças e esperar o cenário se consolidar. Uma terceira pessoa próxima ao governador diz que ele tem se mexido nos bastidores, mas que não fará gestos públicos antes de ter um cenário mais claro.

Os aliados afirmam que qualquer aceno a uma candidatura presidencial só fará sentido se Jair Bolsonaro (PL) permanecer inelegível em 2026.

A decisão de não ir para o PL passa por essa definição, resumem os aliados. Primeiro, porque Tarcísio ficaria indissociável de Bolsonaro, de quem foi ministro —carregando, portanto, seus votos, mas também sua rejeição. Segundo, o governador teria ficado incomodado com a pressão pública feita por Valdemar há algumas semanas.

Além disso, Tarcísio não precisaria estar filiado ao partido do ex-presidente para ter seu apoio. Tarcísio foi a principal e mais bem-sucedida aposta política de Bolsonaro: conquistou sua confiança mesmo tendo participado do governo de Dilma Rousseff (PT) como diretor-executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes; foi lançado uma única vez a um cargo eletivo diretamente para governar o maior estado do país; e tem se colocado publicamente com outro nome forte do ex-presidente, Roberto Campos Neto, à frente do Banco Central e o principal alvo de ataques de Lula nos últimos meses.

Um cacique do centrão diz que uma candidatura ao Planalto construída com apoio de Campos Neto seria muito forte, mas não pode ser considerada imbatível. “Lula pode fazer boa gestão, segue sendo competitivo”, afirma.

Progressistas quer Tarcísio

Presidente do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PI) diz que “no momento” o governador de São Paulo não deve trocar de legenda.

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