Como volta da McLaren ao topo e contratação de peso da Aston estão ligados?

É claro que, em se tratando de Fórmula 1, nunca dá para creditar a apenas um fator a melhora ou a queda do rendimento de uma equipe, e a McLaren teve uma vantagem importante em relação ao quem são hoje seus rivais diretos por conta de outra regra adotada nos últimos anos: a diferença de horas de desenvolvimento aerodinâmico dependendo da posição no campeonato.

A McLaren vinha de um 2022 ruim, então tinha mais tempo de desenvolvimento, lembrando que esse cálculo é feito duas vezes na temporada: no final do ano e no final de junho. Isso vai determinar como serão os próximos seis meses de desenvolvimento.

O time de Lando Norris e Oscar Piastri começou a virar o jogo ao entender e se inspirar antes dos demais no que a Red Bull estava fazendo, mas só conseguiu realmente competir com eles quando passou a usar esse tempo a mais em conjunto com seu novo túnel de vento, cujos efeitos foram vistos nesta temporada.

A próxima equipe a ter um túnel de vento totalmente novo será a Aston Martin. Trata-se de um equipamento que usa inclusive lasers para entender o fluxo de ar que age no carro, e que está próximo de entrar em operação no terceiro prédio do que hoje a equipe não chama mais de fábrica, mas sim de campus.

Este tipo de investimento tem muito a ver com o teto e com a atual saúde financeira da F1.

Ter um túnel de vento novo atualizado é uma grande vantagem. Problemas entre os dados que o túnel de vento gera e os vistos na pista são a principal causa de perda de rendimento durante uma temporada, já que se testa muito pouco em pista (também por força do regulamento). E é difícil para uma equipe atualizar um túnel de vento que esteja em operação, pois você teria que mudar para outro equipamento e isso geralmente significa um período de adaptação aos novos dados.

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