ele é de extrema direita, pô!

ele é de extrema direita, pô!

JÁ QUE SE FALA DE DEUS…
E já que aqui se fala de Deus, de espiritualidade, de fé, um cadáver chegou a ser exibido neste sábado no encontro desse tipo de “conservador”. Aconteceu durante a intervenção de Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo.

Transcrevo um trecho de reportagem da Folha:
“Num telão, ele [Derrite] apresentou números e ações da polícia, sobretudo contra a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), citando líderes do grupo que foram mortos. Em determinado momento, chegou a mostrar o corpo de um homem que estaria envolvido com o crime organizado e foi morto nesta sexta-feira (5). ‘Esse vagabundo aqui ontem, os policiais do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais) foram no encalce dele para tentar realizar a prisão, mas ele resistiu e atirou nos policiais’, disse, sob aplausos.”

O braço armado de Tarcísio não viu nenhum problema em exibir um presunto para exemplificar a eficácia do seu trabalho. Apetecida, saciada, de pança moral cheia diante da morte, a plateia aplaudiu. Para surpresa de ninguém, desferiu duros ataques ao governo federal.

Tarcísio se juntou depois a Bolsonaro e a Jorginho Mello (PL), governador de Santa Catarina, para receber e saudar Javier Milei, presidente da Argentina, hoje o histrião da Internacional dos reaças. O delinquente político discursa neste domingo e ninguém duvida de que o presidente Lula será um de seus alvos.

NORMALIZAÇÃO DO EXTREMISMO
Tarcísio apresentar-se como um político de oposição ao governo federal é parte do jogo — sempre deixando claro que não me incluo entre aqueles que veem o bolsonarismo como uma das expressões da democracia. Mas é inaceitável que um governador de Estado, que também tem deveres institucionais, participe da pantomima envolvendo Milei.

Esse sujeito é chefe de Estado. Seu homólogo no Brasil é o presidente Lula, com quem não tem agenda. Já avisou que não comparecerá à Cúpula do Mercosul no dia 8, no Paraguai. Repetirá aqui, tudo indica, o roteiro que cumpriu na Espanha: compareceu a um evento do Vox, a extrema-direita neofascista (franquista!) local, e dirigiu invectivas contra Pedro Sánchez, o primeiro-ministro do país, e sua mulher, Begoña Gómez.

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