‘Estatal do centrão’ encerra contratos com empresa investigada

As rescisões foram publicadas entre junho e agosto, no mesmo momento em que a CGU finalizava um relatório sobre superfaturamento e sobrepreço em obras da Codevasf com várias empresas, entre elas a Engefort.

A CGU encontrou superfaturamento e jogo de planilha (distorções de preços que podem levar a pagamentos irregulares) em contratos da Engefort em 2019 com a Codevasf no Maranhão e orçamentos inflados em R$ 10 milhões apresentados pela empresa no Ceará.

As informações foram compartilhadas pela CGU com a Polícia Federal (PF) e outros órgãos responsáveis por apurar irregularidades.

A Codevasf informou ao UOL que já abriu 27 processos de penalidade contra a empresa, “com aplicação de multa e suspensão do direito de contratar com a Companhia”. “A Companhia também iniciou processo judicial, por meio da 8ª Superintendência Regional, para requerer da empresa a devolução de R$ 3.336.767,49”.

Em um desses casos, a Engefort foi punida pelo atraso em uma obra de pavimentação em paralelepípedos em Nossa Senhora do Socorro (SE). Em 6 de agosto, a Codevasf impôs uma multa de R$ 59 mil à empresa por não ter executado o contrato, de 2020.

Em 2022, uma reportagem da Folha mostrou que a Engefort usava uma empresa de fachada registrada em nome do irmão de seus sócios para vencer licitações da Codevasf. O processo que analisa o “cartel do asfalto”, do qual a empresa teria participado, está em análise no TCU.

Leave a Reply

Your email address will not be published. Required fields are marked *