Ex-zagueiro, Vilson foi um dos convidados especiais do programa MunDu Meneses desta semana. E lembrou de uma história curiosa sobre a sua passagem pelo Vasco: quando teve Romário como técnico e companheiro dentro de campo em São Januário.
Entre outubro de 2007 e fevereiro de 2008, o Baixinho comandou o Cruz-maltino em oito partidas, incluindo duelo contra o América-MEX, em São Januário, pela CONMEBOL Sul-Americana. E segundo Vilson, Romário não deixou a sua personalidade forte de lado durante o período na “dupla função”.
Durante o programa, o ex-defensor revelou que, em uma das partidas em que o tetracampeão do mundo com a seleção brasileira foi técnico e jogador do Vasco, Romário se irritou com Faioli, ex-atacante do Vasco, que estava perdendo algumas chances de gol na ocasião.
“Ele (Romário) sempre começava no banco, já estava naquela fase que iria pendurar as chuteiras. A camisa dele já tinha a faixa de capitão, era colada na camisa, vendeu muito. Ele já estava no banco, ou entrava no intervalo ou no meio do segundo tempo. Teve um jogo que eu estava no banco, aí o Faioli era o atacante. Ele perdeu uma chance, duas… aos 20 do segundo tempo, ele virou para o banco, já soltou aquele palavrão ‘p***, o Faioli não quer fazer gol, vou entrar no lugar dele'”, começou por dizer.
“Ele tirou o agasalho, foi indo, quem assumia (o comando técnico) era o auxiliar, foi lá, chamou o Faioli, já entrou com a braçadeira colada. Esquece, a primeira que vinha era caixa, meteu gol (nesse jogo), ele só precisava de uma chance. Não só o Faioli, não vou ser injusto, mas outros atacantes precisam de umas 10 para fazer uma, o Romário a primeira que vinha…”, complementou.
Romário deixou o Vasco no início de fevereiro de 2008 e, algum tempo antes de ir embora, Eurico Miranda, ainda presidente do clube à época, trouxe o seu desafeto Edmundo de volta a São Januário. E Vilson lembrou como o grupo de jogadores recebeu a notícia naquele momento.
“Quando o Edmundo vem, o Romário era o treinador. E nós (jogadores) falamos ‘eles não se falam, com o Edmundo vai vir?’, só que quem trouxe o Edmundo foi o Eurico, ele estava no Figueirense, meio que para parar já, e o Eurico trouxe. Eurico e Romário eram cão e gato, parece que já estava meio estremecido (o relacionamento), e o Eurico trouxe o Edmundo sem o consentimento do Romário, que era o treinador. Nunca vi eles trocarem um papo no vestiário, não tinha resenha, eu não vi, na nossa época não se falavam. Pouco tempo depois o Romário sai, brigou de vez com o Eurico. Em um jogo o Romário queria colocar o Abuda, atacante, e o Eurico queria que fosse o Alan Kardec, tinha um pessoal do Benfica que foi para ver o Alan Kardec, foi o que falaram. Na outra semana o Romário nem apareceu mais, aí veio outro treinador, assumiu o auxiliar, que era o Alfredo Sampaio.”