Se o Cruzeiro titular faz péssima campanha no Brasileirão sob o comando de Fernando Diniz, o reserva, ao tentar manter o toque de bola que ele insiste sem ter jogadores capazes de sustentar, foi presa fácil no começo do clássico em Itaquera, em manhã de gala, com 46 mil torcedores.
Em 15 minutos o Corinthians vencia por 2 a 0, além de ter um gol evitado na linha fatal, tamanha a eficácia alvinegra diante da ingenuidade mineira.
Memphis fez dez primeiros minutos espetaculares até dar sinais de sentir o calor de 32º na zona leste paulistana.
O gol acidental que diminuiu a vantagem alvinegra, ainda no primeiro tempo, pôs em risco a quinta vitória seguida do Corinthians em busca de vaga na chamada pré-Libertadores. Que precisará da ajuda cruzeirense, na conquista da Copa Sul-Americana, no sábado (23), contra o Racing, empreitada dificílima, em Assunção.
O calor era tamanho que o segundo tempo acabou disputado em clima de desalento, para protesto de Memphis, pela primeira vez submetido ao sacrifício de jogar sob tais condições, segundo ele revelou.
Mal sabe o holandês que até sua seleção, na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, foi vítima de desumanidade idêntica, para atender aos interesses financeiros da Fifa.
Em Itaquera aconteceu para atender ao pedido cruzeirense na logística da ida ao Paraguai, o que poderá ser compensado caso os mineiros sejam campeões.
PALESTRINAS TRI
As Palestrinas foram melhores em dois jogos contra as Brabas e conquistaram o tri estadual, nos pênaltis, com atuação exuberante da goleira colombiana Tapia, que defendeu três vezes.
FIM DE FEIRA
A seleção brasileira terminou 2024 em estado de depressão.
Jogou seis vezes pelas eliminatórias com três vitórias, duas em casa contra Equador e Peru, uma no Chile.
Perdeu um jogo no Paraguai e empatou com Venezuela, fora, e Uruguai, a despedida melancólica em Salvador, embora contra adversário de respeito.
A entrevista de Raphinha ao fim do 1 a 1 acabou por ser retrato eloquente da depressão. Os olhos traíam o que a boca dizia.
Negar a qualidade dos jogadores à disposição do treinador é implicância. Faltam gênios, não bons jogadores.
O que segue faltando, e não se vê perspectivas de que deixará de faltar, é o choque de gestão que Tite foi incapaz de dar em duas Copas do Mundo e seus três sucessores Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior, repetem.
Pep Guardiola e Jürgen Klopp, até mais que o pretendido Carlo Ancelotti, cumpririam o papel, porque maiores que quaisquer dos atuais jogadores brasileiros, Neymar incluído.
Neymar que diante do desencanto amplo, geral e irrestrito, virou o salvador da pátria, aquele que, curado dos ferimentos, a tudo redimirá, algo que não fez nem mesmo quando estava em plena forma. Enfim, a temporada acabou para a seleção como havia começado: morna, insossa, incolor, insípida, irritante, deprimente.
Ainda bem que datas Fifa só no ano que vem, com Colômbia e Argentina pela frente, dois times melhores que o da CBF. Que está em quinto lugar. Para cair para sétimo depois da próxima rodada não custará muito.
A seleção marcha em passo de cágado para a Copa do Mundo de 2026 e se seguir assim fará papel ainda mais medíocre que nas cinco anteriores.
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