Isaquias exalta mulheres nas Olimpíadas: ‘Estão levando o Brasil nas costas’

Com a prata conquistada em Paris, Isaquias Queiroz subiu na lista dos recordistas olímpicos. Agora, com cinco medalhas, ele aparece em segundo, ao lado das lendas da vela Robert Scheidt e Torben Grael. A líder do ranking, Rebeca Andrade, com seis, é uma inspiração para o canoísta.

Em entrevista coletiva realizada neste sábado (10), na Casa Brasil, Isaquias falou sobre a disputa sadia com ostros atletas brasileiros e colocou a jovem ginasta em ”outro patamar”.

“Eu fico muito feliz de chegar perto dessas lendas do esporte brasileiro, Torben Grael, Robert Scheidt. São dois que, sem dúvida, me incentivaram a chegar nessas conquistas. Tudo na vida do atleta é objetivo. Meu objetivo era poder chegar próximo desses caras, que para mim são exemplos de atletas, para todo cidadão brasileiro”, começou por afirmar.

”Fico feliz de chegar na quinta medalha olímpica. Acho que a ficha não caiu direito, quando eu subi no pódio, até fiz o gesto (de cinco medalhas), mas não tinha passado na minha cabeça direito. Hoje, quando acordei e vi a foto, vi que não era uma ou duas, são cinco. Queria chegar na sexta, como a Rebeca, mas aí é outro nível. A gente tem que trabalhar para chegar lá”, completou.

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Pela primeira vez em Jogos Olímpicos, o Brasil vai terminar a competição sem nenhum homem no topo do pódio, apenas com mulheres medalhistas de ouro. Das 13 medalhas conquistadas pelo país até então, 9 vieram com elas e apenas 3 com eles.

Para Isaquias, as mulheres estão, de fato, carregando a delegação verde e amarela ”nas costas”.

“Que que eu vou falar das mulheres? A Rebeca esta aí, arregaçando tudo. A Bia, no judô, ganhou a medalha e estava em Portugal, comemorando muito. Eu tenho uma baita amiga, que é a Bia Ferreira do boxe, que tenho nem coragem de sair na mão com ela. ‘Ah, estão ajudando as meninas agora’, já tinham que ajudar há muito tempo, por que só foi ajudar agora? Agora, é o trabalho do pessoal lá de cima de reconhecer isso, o erro que houve lá atrás. A canoa feminina já tem tempo remando, só foi entrar agora em Tóquio, nas Olimpíadas, por que? É botar pressão nos caras lá de cima para que, qualquer esporte que tenha homem, tenha mulher, e qualquer esporte que tenha mulher, tenha homem, para igualar”, disse.

”Parabéns para as mulheres que estão levando o Time Brasil nas costas. E homens, vão treinar! Eu também tenho que treinar, senão vai ficar feio pra gente (risos). Para mim, é um privilégio de estar perto de todo o Time Brasil, tanto masculino quanto feminino, poder ter uma experiência com eles, passar minha experiências para elas, para eles. Muita gente me perguntava da Rebeca, e eu fico feliz, porque ela vai me fazer puxar meus objetivos. Eu vou ter que criar objetivos para tentar alcançar a Rebeca, que não vai ser fácil. Se ela for para Los Angeles para ganhar mais cinco medalhas, eu não tenho como competir. Eu conheço a história dela, de várias cirurgias, vários momentos difíceis, e isso para mim é uma motivação para treinar mais ainda e ganhar a medalha aqui”, finalizou.

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