Atualmente no comando do Corinthians, Ramón Díaz foi técnico do Vasco até o final de abril deste ano, depois de uma campanha histórica para livrar o clube carioca do rebaixamento no Brasileirão de 2023. Mas nem todos sentiram saudades do argentino após a sua saída.
Contratado na janela do primeiro semestre, o zagueiro João Victor afirmou que o rompimento com Ramón e seu filho e auxiliar, Emiliano Díaz, foi a melhor decisão tomada pela diretoria. E citou algumas escolhas erradas feitas pela comissão técnica, em entrevista ao canal Mario Coelho Vasco, no Youtube.
“Não senti nem um pouco (a saída do Ramón Díaz). Acho que foi a melhor escolha a ser feita, não estava mais fazendo com que o grupo jogasse. No meu modo de ver fazia algumas escolhas erradas, mas não vou entrar muito nesse mérito”, disse o defensor, que lembrou do sonoro 4 a 0 para o Criciúma, que culminou com a saída da dupla.
“Esse jogo do Criciúma, mesmo não jogando, para mim foi um dos mais vergonhosos. Com todo respeito ao Criciúma, o Vasco é muito grande, não poderia ter perdido esse jogo por 4 a 0, em casa”, prosseguiu.
Após a saída de Ramón e Emiliano, o Vasco apostou em Álvaro Pacheco, que durou apenas 4 jogos, e também em Rafael Paiva, que saiu do sub-20 e segue até agora no comando da equipe. E João Victor elogiou o trabalho do interino.
“Para mim a principal qualidade de um técnico é quando ele usa a meritocracia, não o nome, a carreira. Quem treina melhor, joga. Ele ganhou o meu total respeito, não é porque eu estou jogando. Se no momento ele achar que eu tenho que jogar, eu vou jogar. Se ele achar que é o Maicon, Léo, Piton, Victor Luis… ele não tem essa de buscar aonde jogou, ele é muito meritocrático. Ele vê quem está melhor e põe para jogar”, disse.
“Até a questão da base, é muito difícil você subir e jogar em um grande clube como o Vasco. Então ele por já estar na base, pegar toda essa transição, e ter muitos meninos da base aqui, facilita muito para o menino da base. Ele oportuniza os jovens, quem está melhor, quem se dedica nos treinamentos, não tem como não respeitar um cara que realmente faz as coisas corretas. Os números provam isso”, concluiu.
Desde que chegou, o zagueiro de 26 anos disputou 21 partidas pelo Cruz-maltino. Após se recuperar de lesão, ele está de volta ao time e, inclusive, teve participação importante na vitória no clássico sobre o Fluminense.