Se na maioria dos clubes a camisa 10 é o grande número, no Botafogo é diferente: a mais pesada é a 7. Mas Luiz Henrique fez ela parecer leve, leve.
O atacante, que chegou em fevereiro como a segunda contratação mais cara da história do futebol brasileiro, fez um Campeonato Brasileiro espetacular e faturou o Prêmio ESPN Bola de Prata Aposta Ganha.
Pela ponta direita, Luiz Henrique infernizou os adversários como Garrincha. Dribles, passes, jogadas espetaculares e defesas desmontadas foram uma constante do camisa 7, assim como Mané. Como Túlio, Luiz Henrique balançou as redes quando precisou. Marcou diante do Vasco, fez o gol da vitória contra o Fluminense e contra o Internacional, e abriu o placar na vitória por 2 a 1 sobre o Corinthians.
Ao todo, foram sete gols e três assistências para o ponta no Brasileirão. E com atuações que o fizeram se firmar como um dos convocados regulares de Dorival Júnior à seleção brasileira.
E olha que ele quase abandou os gramados quando criança. Chegou a cogitar trocar o futebol pelo judô pela longa distância da sua casa até o centro de treinamentos do Fluminense, onde fez categorias de base.
Ele ficou, se profissionalizou pelo Flu e logo chamou a atenção do futebol europeu, onde atuou pelo Betis. Para a ‘sorte’ do Botafogo, porém, o time espanhol não deu tanto espaço assim a ele.
E agora, Luiz Henrique se torna o primeiro atacante do Glorioso a levar a Bola de Prata desde que Túlio e Donizete dividiram o ataque da seleção de 1995, ano do primeiro título alvinegro.