No depoimento prestado no dia 5 de dezembro, após ter ficado sob risco de perder seu acordo de delação, Cid foi questionado pela PF sobre o assunto e disse que o general procurou seu pai, também general da reserva, para tentar obter informações.
“Basicamente isso aconteceu logo depois da minha soltura, quando eu fiz a colaboração naquele período, onde não só ele como outros intermediários tentaram saber o que eu tinha falado. Isso fazia um contato com o meu pai, tentavam ver o que eu tinha, se realmente eu tinha colaborado, porque a imprensa estava falando muita coisa, ele não era oficial, e tentando entender o que eu tinha falado. Tanto que o meu pai na resposta, que é aquela de terceiro, disse não, o Cid falou que não era”, afirmou.
Cid também narrou detalhes sobre a participação de Braga Netto no financiamento dos ‘kids pretos’, os militares das Forças Especiais que estavam monitorando os passos do ministro do STF Alexandre de Moraes, citando que o candidato a vice de Jair Bolsonaro deu dinheiro em caixas de vinhos para eles.
A defesa de Braga Netto ainda não se manifestou.
Na semana passada, advogados do general negaram que ele tenha coordenado uma tentativa de golpe. A defesa diz que Braga Netto não tratou de um suposto golpe e “muito menos do planejamento para assassinar alguém”.