Foi a partir dessa ideia que se tornou popular chamar esses pratos menores de “pratos franceses”, ou de “restaurante francês”. Anos depois, foi o catalão Ferran Adrià que decidiu levar as degustações a números ainda mais elevados em seu icônico restaurante El Bulli.
“Todos nós fazíamos menus de degustação de 10, 12 pratos, e ele de repente começou a fazer 20, 20 e poucos”, diz o chef Juan Mari Arzak no documentário Las Huellas de elBulli.
Adrià mostrou que snacks e pratos muito conceituais também tinham um lugar em restaurantes, e podiam ser incluídos na experiência que os clientes pudessem ter no restaurante. Muitos deles se tratavam apenas de uma colherada literalmente, ou um bocado de uma dentada só — que se tornaram mais comuns hoje.
Mas o que parece pouco nem sempre é. Porque a comida é, sobretudo, proporção.
Nos pratos da alta gastronomia, essa regra se aplica ainda mais — até porque muitos dos ingredientes têm sabores muito potentes, e comê-los em grandes quantidades não seria prazeroso para nosso paladar.