Deputados e senadores têm debatido a viabilidade de retomar as doações de campanha realizadas por empresas, prática banida em 2015 pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A solução em discussão baseia-se nas propostas apresentadas, à época, pelos ministros que votaram contra o fim do financiamento privado.
Três dos 11 ministros votaram naquele ano a favor de permitir doações de campanha por empresas: Celso de Mello, Gilmar Mendes e Teori Zavascki. Destes, apenas Gilmar permanece no STF.
Embora tenham sido voto vencido, defenderam manter o financiamento empresarial sob regras específicas: proibir doações de pessoas jurídicas ou de suas controladas e coligadas com contratos onerosos junto ao poder público: impedir que empresas doassem simultaneamente a partidos e candidatos concorrentes; e estabelecer que companhias que contribuíssem com campanhas políticas ficariam proibidas de celebrar contratos com a administração pública até o fim da gestão seguinte.