Por que Brasília virou a capital dos carros eletrificados em 2 anos

O “feito” de Brasília é impressionante quando se leva em consideração o tamanho da população. A Capital possui aproximadamente 3,2 milhões de habitantes, enquanto São Paulo, líder em número absoluto de veículos eletrificados, com 16%, conta com mais de 12 milhões de habitantes apenas na capital, e cerca de 22 milhões na região metropolitana. O Rio de Janeiro (6,7 milhões de habitantes), com 4,5% dos eletrificados do país, possui população significativamente maior à de Brasília.

Crescimento impulsionado por incentivos fiscais

Desde 2022, o Distrito Federal oferece isenção total de IPVA para veículos elétricos e híbridos, política que tem sido fundamental para estimular a adoção dessa tecnologia. Em contraste, outros estados brasileiros adotam abordagens diferentes:

  • São Paulo, apesar de liderar em números absolutos devido ao tamanho da população, não oferece – até o momento – isenção do IPVA, mas restitui 50% do imposto para veículos eletrificados. A partir de 2025, terá política de isenção para híbridos flex.
  • Rio de Janeiro reduz a alíquota para 0,5% para elétricos e 1,5% para híbridos, enquanto estados como Pernambuco e Rio Grande do Norte isentam totalmente o IPVA para veículos 100% elétricos.
  • Minas Gerais e Mato Grosso do Sul adotam políticas de redução parcial, como isenção para veículos fabricados no estado ou desconto de 70% na base de cálculo do IPVA, respectivamente.

Perfil econômico elevado

Outro fator que contribui para o destaque de Brasília é que a capital possui a maior renda per capita do Brasil, com um rendimento médio de R$ 3.357 em 2023, quase o dobro da média nacional, que é de R$ 1.893, de acordo com o IBGE. Esse valor é superior ao de São Paulo (R$ 2.492) e Rio de Janeiro (R$ 2.367), tornando o DF um ambiente economicamente mais propício à aquisição de veículos eletrificados, que ainda possuem preços iniciais mais elevados.

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