“Conclave” é a mais perfeita definição de “filme de Oscar”: um drama sóbrio, para adultos, em que todas as peças —roteiro, elenco, produção— combinam em um quadro da mais pura excelência. Após a morte súbita do papa, Ralph Fiennes é o cardeal apontado para conduzir a escolha do novo Sumo Pontífice. Nos bastidores da igreja, contudo, reina a ambição e o jogo político, segredos que revelam a humanidade entre homens “santos”. O final poderoso sublinha um filmaço irrepreensível. Estreia em 23 de janeiro
1. “ANORA”
(“Anora”, Sean Baker)
![Mikey Madison em 'Anora' Mikey Madison em 'Anora'](https://conteudo.imguol.com.br/c/colunas/40/2024/12/30/2024best-anora-1735569967688_v2_750x421.png)
“Anora” é o conto de fadas idílico, em que uma jovem humilde se casa com um rapaz rico. Ou quase: ela é uma profissional do sexo do Brooklyn que se enrosca com o filho de um oligarca russo. O casamento é impulsivo. Ela acha que mudou de vida, a família dele, lá do outro lado do planeta, tem questões. Sean Baker (“Tangerina”, “Projeto Florida”) aborda o texto com humor e ternura, e tem em Mikey Madison um furacão dramático que preenche a tela com fúria. “Anora” é agridoce, é surpreendente e, como diria nosso amigo Scorsese, “Cinema”! Estreia em 23 de janeiro