Uma das posições que o palmeirense está mais sedento por reforços é a de centroavante. Até agora, o time contratou Facundo Torres (ponta que joga mais pela direita) e Paulinho (um atacante bem versátil).
Para a posição, no atual elenco, o técnico Abel Ferreira conta com Flaco López, Rony e o garoto Luighi, do sub-20.
Porém, existem algumas boas opções na América do Sul que poderiam vir a ser alvos do time paulista para a temporada 2025. O núcleo de análise de desempenho dos canais Disney, o DataESPN, foi atrás alguns que podem ser bons reforços para o Verdão.
Veja a lista abaixo:
Argentino de 25 anos do River Plate, é um “atacante de corredor central”, mas não um “centroavantão”. Trata-se de um jogador com mais “cara” de segundo atacante, com mais características de ataque às costas da linha defensiva.
Costuma operar melhor com uma dupla de ataque. Se a busca é por alguém para sustentar jogo de costas e fixar zagueiros, ele não é esse cara. Não se encontra na área, mas se desloca até ela. Não é raro vê-lo mais solto no campo gerando apoios para seus companheiros.
Em 2024, ao lado de Miguel Borja, jogou 50 partidas, fez 15 gols e deu uma assistência. Ele precisou de uma média de 6,5 chutes para marcar um gol e teve um aproveitamento alto em grandes chances (convertendo 35,9% das oportunidades que teve).
O atacante da LDU é conhecido no Equador como “Haaland Paraguaio” pela alta quantidade de gols. Em 2024, Arce realizou 49 jogos, fez 37 gols e deu 4 assistências. O atacante de 29 anos precisou de uma média baixíssima de 4,4 chutes para marcar e garantiu 17 vitórias da LDU com gol ou assistência.
Trata-se, talvez, do mais terminal dos centroavantes que compõe essa lista. Seus envolvimentos em jogadas são sempre conclusões a gol, marcando várias vezes com apenas um toque. Ou seja: tem baixo envolvimento direto na elaboração das jogadas, mas se garante na hora de finalizá-las, apresentando bom senso de posicionamento e desmarques curtos na área e amplo repertório de finalizações.
Sua boa estatura (tem 1,87m) lhe confere um número considerável de gols em situações de cruzamento, especialmente os vindos de bolas paradas (algo que o Palmeiras perdeu em 2024).
Filho do técnico Mauricio Pellegrino, Mateo é um jovem atacante argentino de 23 anos que na temporada passada esteve no Platense por empréstimo, e que agora voltou ao Vélez Sarsfield.
Em 2024, fez 15 gols e deu uma assistência em 40 jogos. Ele precisou de uma média de 6,6 chutes para marcar e teve um alto aproveitamento de grandes chances (convertendo 36,4% delas). Pellegrino é o camisa 9 que habita no imaginário popular. Boa estatura (é o mais alto desta lista com 1,92m), sustenta duelos (aéreos e terrestres), executa pivôs e giros com destreza e possui boa finalização.
Ao oferecer apoios com os zagueiros exercendo pressão às costas, utiliza bem o pé mais distante da abordagem e distribui a bola para os seus companheiros. Tal movimento combina muito bem com seu excelente senso de posicionamento dentro da área.
Mas o destaque mesmo é a tal sustentação em duelos. Utiliza de sua boa estatura para ampliar seu espaço e levar vantagem em abordagens e trombadas. Também apresenta velocidade considerável para um centroavante de sua altura. É batedor de pênaltis e possui bom aproveitamento, embora tenha clara preferência por batidas abertas.
É a nossa última e principal recomendação. Colombiano de 25 anos do Columbus Crew, ele teve números impressionantes na última MLS: em 40 jogos, fez 25 gols, deu 14 assistências e precisou de 7,7 chutes para marcar.
Mas, o que mais chama atenção nos números é sua efetividade. Cucho fez 7,09 gols a mais do que era esperado (ou seja, um atacante que transforma situações difíceis em gol).
“Expected gols” (ou gols esperados) é uma métrica muito utilizado pela análise de desempenho no futebol hoje em dia, e os clubes buscam jogadores que fazem bem mais gols do que o esperado de acordo com suas finalizações. Além disso, ele garantiu 13 vitórias do Columbus com gol ou assistência.
Diferentemente dos outros dois centroavantes anteriores, Cucho tem como principal característica a oferta de apoios. Ou seja: é um cara que parte inicialmente de uma área central do campo, mas sempre circula para o corredor da bola para oferecer linha de passe e se associar com seus companheiros para, posteriormente, atacar a área com um pouco mais de liberdade ou fazer ele mesmo a assistência.
Estando em momentos de finalização, busca se afastar de seus marcadores: às vezes vai para as costas do marcador, às vezes fica na entrada da área e espera a linha defensiva afundar. Mas nunca vai para o embate físico, pois o atleta sabe que possui baixa estatura (1,76m, o mais baixo dessa lista), principalmente para duelos com zagueiros.
Ao sair da referência, se vale de boa impulsão e timing para atacar a bola nessas situações. Porém é bom ressaltar: muitos gols foram feitos em cima de defesas quase que “inocentes”, reflexos de uma liga de patamar inferior.