Ranking ESPN dos 100 maiores atletas do século 21: os nomes de 51 a 75

O maior atleta do século 21? Essa é fácil. Tem que ser Lionel Messi, o melhor jogador no esporte favorito mundialmente. Oito títulos de melhor do mundo. Sim, tem que ser o argentino.

Espera… Não… LeBron James, né? Quatro vezes campeão da NBA, quatro vezes MVP das finais, quatro vezes MVP da temporada regular, 20 vezes eleito entre os melhores da liga, maior cestinha da história. Nenhum atleta foi tão dominante quanto ele. Precisa ser o número 1.

Se bem que, Serena Williams, não? Dona de 23 títulos de Grand Slam, “criou” o Serena Slam (de dona dos quatro troféus de Majors ao mesmo tempo) e quatro medalhas de ouro em Olimpíadas. E ela ainda ganhou seu último Grand Slam grávida, encerrando a carreira no auge.

Mas se for para ficar com um tenista, por que não Roger Federer? Ele transformou o esporte, com seus jogo de xadrez em quadra, sem falar de 20 títulos de Grand Slam. Virou o atleta mais amado da modalidade, como não será ele?

Sim, se não fosse o fato de Rafael Nadal ter ganho 22 títulos de Grand Slam, e Novak Djokovic, 24. Você precisa colocar algum deles acima de Federer…

É, talvez não seja tão fácil. Nós nem mencionamos lendas olímpicas como Usain Bolt, Michael Phelps, Katie Ledecky ou Simone Biles. Ou mesmo Kobe Bryant na NBA. Lewis Hamilton na Fórmula 1. Tom Brady ou Peyton Manning na NFL. Floyd Mayweather no boxe. Tiger Woods no golfe!

Sim, montar um ranking dos 100 maiores atletas desde 2000 não é fácil – e não foi mesmo, mas foi divertido. Há 20 anos, a ESPN teve um projeto de top 100 dos maiores atletas norte-americanos no século 20. Michael Jordan foi o líder.

Mas com tantos atletas gigantescos nos últimos 25 anos, nós pensamos que seria hora de fazer um novo ranking. Desta vez, indo além da América do Norte, com contribuições de edições da ESPN de todo mundo para os indicados e os votos, assim como uma lista local que será lançada em breve.

Os eleitores foram instruídos a considerar a performance dos atletas apenas a partir de 2000. Para Ronaldo Fenômeno, por exemplo, dois de seus prêmios de melhor do mundo ficaram para trás, mas, claro, ainda temos uma Copa do Mundo e uma das maiores histórias de superação de todos os tempos para considerar. Já Nikola Jokic ou Patrick Mahomes, nos esportes americanos, ainda tem muito pela frente para serem ainda mais grandiosos do que já foram até aqui.

No fim, foram mais de 70 mil votos de colaboradores da ESPN para criar o top 100. Nós vamos revelar 25 atletas por dia durante esta semana até chegarmos ao tão aguardado líder do ranking, o maior atleta do século 21.

Que as discussões comecem…

(* Edição e tradução: Thiago Cara e Vinicius Garcia)


75. Xavi Hernandez, futebol

Principais conquistas: Campeão da Copa do Mundo, duas vezes campeão da Eurocopa, duas vezes campeão da Champions League, oito vezes campeão de LALIGA

Xavi teve tantos pontos altos em sua carreira que é impossível escolher apenas um. Você pode ficar com a famosa vitória do Barcelona por 6 a 2 sobre o rival Real Madrid, com Xavi participando de quatro dos gols. Ou o desempenho dele na final da Champions League de 2009, dando o passe para o gol de cabeça de Lionel Messi, o primeiro da partida. Você poderia escolher a vitória dominante do Barcelona por 3 a 1 sobre o Manchester United em 2011. Para um jogo que resumisse uma era, você destacaria a goleada de 4 a 0 da Espanha sobre a Itália na Euro 2012, a apoteose do estilo “tiki-taka” de passes curtos, que Xavi personificou. Mas vamos escolher uma temporada inteira: a imperial 2008/09 de Xavi, quando o meio-campista – sem dúvida o melhor passador de todos os tempos – registrou a impressionante marca de 20 assistências em 35 jogos da LaLiga. — Alex Kirkland


74. Lisa Leslie, basquete

Principais conquistas: Duas vezes campeã da WNBA, duas vezes MVP das Finais, três vezes medalhista de ouro olímpica, três vezes MVP da WNBA, duas vezes Jogadora Defensiva do Ano da WNBA, sete vezes integrante do Melhor Time da WNBA, integrante do Hall da Fama do Basquete

Leslie foi um fenômeno do ensino médio em Inglewood, Califórnia, jogou na faculdade na USC e profissionalmente no Los Angeles Sparks. Mas ela causou um impacto global no jogo, conquistando quatro medalhas de ouro olímpicas (três desde 2000) e foi a principal pilar da equipe nacional no garrafão durante toda a sua carreira no basquete dos EUA. Leslie levou os Sparks aos títulos da WNBA em 2001 e 2002 e às finais de 2003. Leslie, Sheryl Swoopes e Lauren Jackson são as únicas jogadoras a serem eleitas três vezes MVP da WNBA. Ela é o modelo moderno para sua posição; adequadamente, a homenagem do Hall da Fama/WBCA para pivôs universitários femininos foi batizada de Prêmio Lisa Leslie em 2018. — Michael Voepel


73. Mookie Betts, beisebol

Principais conquistas: MVP de 2018, duas vezes vencedor da World Series (2018 com o BOS, 2020 com o LAD), sete vezes All-Star, seis vezes Gold Glove, seis vezes Silver Slugger, ganhou o título de rebatedor em 2018

Era um dia quente e sufocante no início do treinamento de primavera. O Red Sox estava saindo do título da World Series de 2018, e a equipe de treinamento fez com que os jogadores executassem um exercício de cone. A maioria deles fez isso com calma e sem pressa. Um deles não. Talvez isso ajude a explicar por que Betts talvez seja o jogador de beisebol perfeito – um rebatedor notável em termos de média e potência, um jogador de campo direito que consegue executar o arremesso impossível (pergunte a Tony Kemp), um atleta que pode mudar para a posição de shortstop no meio da carreira. Uma análise de Harvard de 2021 nomeou Betts como o melhor jogador no geral da história da MLB: Sim, Betts é bom em tudo. — David Schoenfield


72. Shaun White, snowboarding

Principais conquistas: Três vezes medalhista de ouro olímpico no halfpipe (2006, 2010, 2018), 15 vezes medalhista nos X Games

White ficou no topo do halfpipe nas Olimpíadas de Inverno de 2018 e se preparou para fazer sua terceira e última tentativa. Ele estava em segundo lugar, atrás do duas vezes medalhista de prata Ayumu Hirano, que tinha acabado de fazer 1440s consecutivos. White sabia que precisava acertar o combo para superar Hirano, mas quatro meses antes, ele havia se acidentado ao tentar aprender um cab double cork 1440 e sofreu lesões horríveis que exigiram 62 pontos no rosto e o levaram para a UTI. White não havia tentado fazer a manobra desde então e nunca havia conseguido executar 1440s consecutivos. Mas em um movimento que incorporou a natureza competitiva de White e o espírito dos esportes de ação, ele tentou o combo, saiu limpo e ganhou seu terceiro ouro olímpico no evento. “Antes da minha última tentativa, eu estava pensando: ‘OK, posso me contentar com o segundo lugar'”, disse White naquela noite. “Mas percebi, naquele momento, que não precisava.” — Alyssa Roenigk


71. Manny Pacquiao, boxe

Principais conquistas: 62 vitórias-8 derrotas-2 empates (39 KOs) de 1995 a 2021; o único campeão mundial de boxe em oito divisões

Pacquiao era desconhecido quando lutou pela primeira vez nos EUA em 2001, mas se tornou um campeão mundial de oito divisões, um recorde. O filipino ganhou seu primeiro título no peso mosca em 1998 e, em 2010, conquistou sua oitava divisão de peso com um título de peso médio-ligeiro. Seu estilo de ataque total, com socos desferidos de todos os ângulos, dominou grandes nomes do ringue, como Marco Antonio Barrera, Erik Morales, Oscar De La Hoya e Miguel Cotto. Sua luta contra Floyd Mayweather levou cinco anos para finalmente acontecer e, embora não tenha proporcionado o entretenimento que os fãs de boxe esperavam, gerou mais de US$ 600 milhões em receita total. Pacquiao também teve uma disputa memorável com Juan Manuel Marquez, vencendo as três primeiras lutas e perdendo a quarta por nocaute. Pacquiao se recuperou dessa derrota em 2012 e venceu mais seis lutas pelo título dos pesos médios até 2019. — Nick Parkinson


70. Andrés Iniesta, futebol

Principais conquistas: Campeão da Copa do Mundo, duas vezes campeão da Eurocopa, quatro vezes campeão da Champions League, nove vezes campeão de LALIGA, segundo colocado na Bola de Ouro

Em 11 de julho de 2010, Iniesta mudou o futebol espanhol para sempre. Aos 116 minutos da final da Copa do Mundo em Johanesburgo, África do Sul – o jogo, empatado em 0 a 0, foi para a prorrogação – Iniesta recebeu um passe de Cesc Fàbregas dentro da grande área e, com muita frieza, chutou a bola rasteira para o goleiro holandês Maarten Stekelenburg. A euforia começou. A Espanha venceu o jogo por 1 a 0, conquistou a Copa do Mundo pela primeira vez, e Iniesta se tornou instantaneamente o homem mais popular do país. Jogador elegante e habilidoso, ele também foi um membro importante de um dos melhores times da era moderna, o Barcelona de Pep Guardiola. — Alex Kirkland


69. Jason Kidd, basquete

Principais conquistas: Eleito para a equipe de melhores jogadores nos 75 anos da NBA, membro do Hall da Fama do basquete, campeão da NBA em 2011, oito vezes All-Star, oito vezes All-Defense (melhores jogadores defensivos), cinco vezes eleito para o melhor quinteto da temporada da NBA, quatro vezes líder em assistências

Se não fosse por Shaquille O’Neal, Tim Duncan e as dinastias Lakers e Spurs do início dos anos 2000, Kidd poderia ter tido outro título e um MVP em seu ilustre currículo. Durante suas duas primeiras temporadas em New Jersey, Kidd estava no auge de uma carreira que o viu terminar como um dos melhores passadores do jogo e uma versátil ameaça de triplo-duplo. Kidd tornava seus companheiros de equipe melhores em todos os lugares por onde passava, o que nunca foi tão evidente quanto em sua primeira temporada em New Jersey, em 2001/02, quando transformou os Nets de 26 vitórias na temporada anterior em 52 vitórias, levando a franquia à sua primeira participação nas finais. Kidd, no entanto, ficou em segundo lugar na votação para MVP, atrás de Duncan, antes de ser eliminado nas finais por O’Neal e Kobe Bryant. Na temporada seguinte, Kidd levou os Nets de volta às finais, mas perdeu em seis jogos para Duncan e os Spurs. Ele finalmente conseguiria um anel de campeão jogando ao lado de Dirk Nowitzki no Dallas em 2011. — Ohm Youngmisuk


68. Phil Mickelson, golfe

Principais conquistas: Seis vitórias em Majors, tornou-se o campeão mais velho de um Major no PGA Championship de 2021 (primeiro a vencer um Major depois de completar 50 anos)

Embora a história continue a definir o legado de Mickelson depois que ele recrutou jogadores de golfe para a LIV Golf League, financiada pela Arábia Saudita, não há como negar que ele já esteve entre os jogadores mais populares do mundo. O golfista conhecido como “Lefty” quebrou uma seca de 0 a 46 em Majors quando conquistou o Masters de 2004. Ele hipnotizou os fãs com seu incrível jogo curto e os conquistou com um sorriso tímido e joinhas. Tornou-se o campeão mais velho de um Major de golfe aos 50 anos de idade quando venceu o PGA Championship de 2021 e, menos de um ano depois, era um exilado em seu esporte. — Mark Schlabach


67. James Harden, basquete

Principais conquistas: Eleito para a equipe de melhores jogadores nos 75 anos da NBA, MVP de 2017/18, 10 vezes All-Star, sete vezes selecionado para o melhor quinteto da temporada da NBA, três vezes líder em pontuação, duas vezes líder em assistências, Sexto Homem do Ano em 2011/12

Harden será considerado um dos pontuadores mais produtivos da história da NBA, mas O Barba e seu stepback foram praticamente imparáveis de 2017 a 2020. Ele começou sua sequência de pontuação com uma temporada de MVP em 2017/18, com média de 30,4 pontos, 8,8 assistências e 5,4 rebotes. E ele foi ainda melhor na temporada seguinte, com média de 36,1 pontos em 2018/19 – a oitava maior média da história da NBA. Somente Wilt Chamberlain, Elgin Baylor e Michael Jordan tiveram uma média de pontos maior em uma única temporada. Em seguida, ele teve uma média de 34,3 pontos em 2019/20, conquistando seu terceiro título consecutivo de pontuação. Sua pontuação ofusca sua outra habilidade de elite como passador. Harden é o único jogador na história da NBA a ser cestinha três vezes e duas vezes líder de assistências. — Ohm Youngmisuk


66. Jon Jones, MMA

Principais conquistas: Campeão peso meio-pesado e peso pesado do UFC, lutador mais jovem a vencer um título do UFC, maior número de vitórias na história dos pesos meio-pesados do UFC (20), maior número de vitórias em lutas pelo título do UFC (15), empatado com o maior número de defesas de título bem-sucedidas na história do UFC (11), maior sequência de invencibilidade na história do UFC (19), Hall da Fama do UFC

Há um motivo pelo qual o presidente do UFC, Dana White, chama Jones de o maior lutador de artes marciais mistas de todos os tempos. Em um esporte em que a margem entre a vitória e a derrota é muito pequena, Jones conseguiu passar 16 anos sem ser derrotado por um oponente (sua única “derrota” foi por meio de uma controversa desclassificação contra Matt Hamill em 2009). Depois de se tornar o lutador mais jovem a vencer um título do UFC em 2011, Jones dominou uma série de lutadores do Hall da Fama nos quatro anos seguintes, com vitórias impressionantes sobre nomes como Daniel Cormier, Quinton “Rampage” Jackson, Lyoto Machida, Vitor Belfort e Rashad Evans. Ele não apenas os derrotou, mas também o fez usando os pontos fortes de seus oponentes e, em seguida, passando por cima deles. O currículo é inegável, e as conquistas ainda estão se acumulando.


65. Kylian Mbappé, futebol

Principais conquistas: Campeão da Copa do Mundo, sete vezes campeão do Campeonato Francês, quatro vezes campeão da Copa da França

Um dos melhores jogadores de futebol do mundo, Mbappé seguiu o caminho de um prodígio absoluto do esporte. Ele fez sua estreia profissional aos 16 anos, marcou seu primeiro gol aos 17, jogou pela França aos 18 e ganhou a Copa do Mundo aos 19! Sua mudança do PSG para o Real Madrid neste verão o levará a novos patamares e fortalecerá ainda mais seu status como herdeiro de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo. Em 2018, ele conquistou o mundo e se tornou o segundo adolescente da história, ao lado de Pelé, a marcar um gol em uma final de Copa do Mundo. Em 2022, ele fez mais história na Copa do Mundo com seu hat-trick na derrota na final contra a Argentina. “Ele é simplesmente um fenômeno. Ele é um talento geracional. Não se vêem muitos jogadores como ele. Ele tem apenas 25 anos, mas sua carreira já é incrível”, disse Thierry Henry sobre seu compatriota. — Julien Laurens


64. Mia Hamm, futebol

Principais conquistas: Duas vezes campeã da Copa do Mundo, duas vezes medalhista de ouro olímpica, duas vezes campeã universitária, três vezes vencedora do ESPYs, integrante do Hall da Fama do futebol dos EUA

Hamm é talvez a primeira superestrela global a surgir do futebol feminino. Em campo, ela jogava com a confiança e o instinto assassino que se espera de uma das maiores artilheiras do mundo. Ela tinha um controle de bola excepcional e precisão em seus chutes. É por isso que ela ainda é a segunda maior artilheira de todos os tempos da seleção americana feminina, com 158 gols. — Caitlin Murray


63. Allyson Felix, atletismo

Principais conquistas: 11 vezes medalhista olímpica, sete vezes medalhista de ouro olímpica, 18 vezes medalhista no Campeonato Mundial, um recorde

Cinco Olimpíadas. Onze medalhas. A maior corredora dos EUA na história dos Jogos Olímpicos. Mas um olhar mais atento às sete medalhas de ouro olímpicas de Felix revela outro lado de seu sucesso. Em um esporte definido pelo sucesso individual, ela também pode ser a maior companheira de equipe da história. Felix ganhou seis de suas sete medalhas de ouro olímpicas como parte de revezamentos: duas nos 4 x 100 metros e quatro nos 4 x 400. Seu único ouro individual veio nos Jogos de Londres em 2012, nos 200 metros, depois de ganhar a prata nas duas Olimpíadas anteriores. O fato de Felix ter obtido grande parte de seu sucesso apoiando suas companheiras de equipe não é nenhuma surpresa. Nos anos que se seguiram à sua aposentadoria do esporte, ela tem sido uma defensora declarada dos cuidados com a saúde materna das mulheres negras, da igualdade salarial e da proteção às mulheres atletas após o parto. — Alyssa Roenigk


62. Shohei Ohtani, beisebol

Principais conquistas: Duas vezes MVP, Calouro do Ano de 2018, três vezes All-Star, duas temporadas de 40 home runs, 38-19 como arremessador, entre os cinco primeiros colocados no Cy Young

Quando a ESPN fizer a sequência desse exercício em 2050, Ohtani será o candidato mais provável do beisebol a se classificar entre os 10 melhores. Seus primeiros sete anos na MLB foram transcendentais. O que antes dele era tido como fato – que ninguém consegue rebater e arremessar em um nível alto o suficiente – agora é nulo. Ohtani chegou do Japão cercado de expectativa e apenas a superou, ampliando a definição do que pode ser um jogador de beisebol. “Shohei”, disse o presidente de operações de beisebol dos Dodgers, Andrew Friedman, “é, sem dúvida, o jogador mais talentoso que já jogou este esporte”. — Jeff Passan


61. Ray Lewis, futebol americano

Principais conquistas: Hall da Fama (2018), 12 vezes Pro Bowler, oito vezes eleito para o primeiro time de melhores da temporada, único jogador com 40 sacks e 30 interceptações desde que os sacks se tornaram oficiais em 1982

Lewis redefiniu a posição de linebacker central como um defensor de três descidas que fazia jogadas de uma linha lateral a outra. Sua capacidade de melhorar os companheiros de equipe ao seu redor estabeleceu uma tradição histórica de defesa em Baltimore. De 2000 a 2012, a defesa do Ravens ficou entre as três melhores da NFL em sete das 10 temporadas em que Lewis jogou pelo menos seis partidas. “Antes de falarmos de seu jogo, Ray é o maior líder da história dos esportes coletivos”, disse Shannon Sharpe, um tight end do Hall da Fama que ganhou um Super Bowl com Lewis em 2000. “Ninguém chega nem perto.” — Jamison Hensley


60. Candace Parker, basquete

Principais conquistas: Três vezes campeã da WNBA, MVP das Finais de 2016, duas vezes medalhista de ouro olímpica, duas vezes MVP da WNBA, sete vezes integrante do primeiro time da WNBA, Caloura do Ano da WNBA de 2008, Jogadora Defensiva do Ano da WNBA de 2020, duas vezes campeã universitária, duas vezes jogadora de destaque das semifinais universitárias, vencedora do Troféu Wade de 2007

Parker era conhecida por ser capaz de jogar em qualquer posição, mas, com 1,82 m de altura, ela era letal como jogadora de garrafão com um conjunto diversificado de habilidades. Na faculdade, Parker levou o Tennessee aos dois últimos títulos da treinadora Pat Summitt, em 2007 e 2008. A primeira escolha dos Sparks no draft da WNBA em 2008, a primeira temporada profissional de Parker foi épica: ela foi MVP e Caloura do Ano (nenhuma outra jogadora fez isso) e ganhou o ouro olímpico. Ela passou 13 de suas 16 temporadas da WNBA com os Sparks, mas ganhou títulos da WNBA com Los Angeles, Chicago e Las Vegas. — Michael Voepel


59. Mariano Rivera, beisebol

Principais conquistas: desde 1º de janeiro de 2000: Hall da Fama, duas vezes vencedor da World Series, 11 vezes All-Star

Rivera era a personificação da inevitabilidade. Prosperando na função mais imprevisível do beisebol – o reliever da nona entrada – ele saiu do bullpen ao som de “Enter Sandman”, do Metallica, noite após noite, ano após ano. Toda vez que ele fazia isso, os adversários dos Yankees, cheios de medo, sabiam que o sino estava tocando – para eles. Armado com um arremesso – um cortador para o qual os rebatedores destros acenavam e os canhotos não conseguiam acertar – Rivera se tornou o closer do New York em 1997 e nunca teve nada além de temporadas estelares em seu caminho. — Bradford Doolittle


58. J.J. Watt, futebol americano

Principais conquistas: Cinco vezes jogador do Pro Bowler, cinco vezes eleito para o time titular dos melhores da temporadas, três vezes jogador defensivo do ano (empatado com o maior número de todos os tempos), único jogador com mais de 20 sacks em várias temporadas

Watt ganhou três prêmios de Jogador Defensivo do Ano da NFL em sua carreira, mas sua temporada mais dominante foi em 2014. Ele teve 20,5 sacks, a segunda vez que fez isso em sua carreira, além de 59 tackles individuais, quatro fumbles forçados e um retorno de interceptação de 80 jardas para um touchdown. Watt marcou outro touchdown defensivo naquela temporada, além de três touchdowns ofensivos. Ele ganhou seu segundo prêmio de Jogador Defensivo do Ano da NFL naquela temporada e ficou em segundo lugar, atrás do quarterback Aaron Rodgers, na votação para MVP. Watt recebeu 13 dos 50 votos para MVP naquela temporada, o maior número de votos de um defensor desde que Lawrence Taylor ganhou o prêmio em 1986.


57. Calvin Johnson, futebol americano

Principais conquistas: Hall da Fama, seis vezes Pro Bowler, três vezes eleito como titular no time de melhores da temporada, recorde de jardas de recepção em uma única temporada

Conhecido como “Megatron”, Johnson estava no auge de seus poderes em 2012. Foi quando ele estabeleceu o recorde da NFL em uma única temporada, com 1.964 jardas de recepção, quebrando o recorde de Jerry Rice de 1.848 jardas, que perdurava desde 1985. “Foi inacreditável jogar com um cara como ele. Acho que desde o primeiro dia, eu sabia que estava arremessando para um jogador do Hall da Fama, desde que ele se mantivesse saudável”, disse Matthew Stafford, quarterback de Johnson durante as últimas sete temporadas do recebedor com o Detroit Lions, à ESPN em 2021. “Ele era um jogador especial e uma ótima pessoa, um grande companheiro de equipe.” Com 1,95 m de altura e 107 kg, Johnson possuía um salto vertical de 1,08 m que lhe permitia saltar sobre os defensores à moda dos videogames. — Eric Woodyard


56. Alexia Putellas, futebol

Principais conquistas: Oito vezes campeã da Liga F, oito vezes vencedora da Copa de la Reina, três vezes vencedora da Champions feminina, vencedora do prêmio de Jogadora da Temporada da Champions, campeã da Copa do Mundo, duas vezes vencedora da Bola de Ouro, duas vezes vencedora do prêmio The Best da Fifa

A carreira de Putellas tem sido uma batalha dentro e fora dos gramados. Dentro de campo, ela transformou o futebol espanhol, contribuindo para que o Barcelona ganhasse três Champions femininas em quatro anos e a Espanha se tornasse campeã mundial. Fora dos gramados, ela liderou a luta contra a Federação Espanhola de Futebol por melhores condições de trabalho. Ela se tornou um ícone em Barcelona, onde sua imagem encheu enormes placas de publicidade no centro da cidade, e é conhecida como La Reina. “Ela é a capitã e a rainha do Barcelona por um motivo”, disse a companheira de equipe Lucy Bronze após o gol de Putellas na final da Champions de 2024. “Ela mostrou hoje por que é uma vencedora consecutiva da Bola de Ouro.” — Sam Marsden


55. Luka Modric, futebol

Principais conquistas: Vencedor da Bola de Ouro, seis vezes campeão da Champions League, quatro vezes vencedor de LALIGA, finalista da Copa do Mundo, jogador com mais partidas pela Croácia, empatado pelo maior número de troféus conquistados pelo Real Madrid

“Gostaria de lhe pedir que nunca se aposente.” No que diz respeito às perguntas da coletiva de imprensa, não foi nada convencional, mas o pedido do jornalista italiano – depois que a Croácia de Modrić foi eliminada da Euro 2024 – foi recebido com aplausos, ecoando o sentimento. Todo mundo gosta de Modric. “Além de ser um jogador de ponta, um dos melhores do mundo, ele é ainda mais espetacular como pessoa”, disse o técnico do Real Madrid, Carlo Ancelotti. Mais do que qualquer outro jogador, Modric foi fundamental na criação da cultura de vitórias implacáveis do Real Madrid na última década. Não há um momento marcante – exceto, talvez, por levar a Croácia, azarã, à final da Copa do Mundo em 2018 – mas sim ano após ano de excelência consistente. — Alex Kirkland


54. Alex Ovechkin, hóquei

Principais conquistas: 100 maiores jogadores da NHL, campeão da Stanley Cup, segundo jogador com mais gols, 853, recorde da NHL de 312 gols no power play, nove vezes vencedor do Troféu Richard, três vezes vencedor do Troféu Hart e do Prêmio Lindsay, Troféu Calder de 2006, Troféu Art Ross de 2008

Não há nenhum jogador na NHL que tenha comandado um slapshot como Ovechkin em sua carreira. Mesmo que o tempo tenha começado a se aproximar em algumas áreas, a potência pura por trás de seu chute característico permanece. O sucesso de Ovechkin ao marcar 853 gols (até o momento) se deve, em grande parte, ao fato de ele usar uma estrutura grande (1,88 m) para adicionar velocidade e potência a um chute que pode ultrapassar 160 km/h. Quando Ovechkin coloca seu peso atrás do disco – especialmente de seu ponto favorito no círculo direito – é um canhão que qualquer goleiro não consegue parar. Não é de se admirar que tantos tenham falhado em impedir que Ovi acendesse a lâmpada. — Kristen Shilton


53. Derek Jeter, beisebol

Principais conquistas: desde 1º de janeiro de 2000: bicampeão da World Series, MVP da World Series de 2000, membro do Hall da Fama, 2.658 rebatidas (quinto maior número desde 2000)

Poucos jogadores tiveram tantos momentos icônicos: O home run de Jeffrey Maier no século passado, a virada, o mergulho, o Sr. November, o home run para a rebatida nº 3.000, a rebatida simples no último jogo. Ele fez tudo isso na panela de pressão de Nova York, jogando pela franquia mais famosa do esporte. A lenda de Jeter não pode ser separada das listras que ele vestiu: Antes de ele entrar para os Yankees, eles não ganhavam uma World Series há 15 anos; com ele, ganharam cinco. Ele já está aposentado há 10 anos e ainda ouvimos o locutor do Yankee Stadium, Bob Sheppard: “Agora batendo para os Yankees… No. 2 … Derek … Jeter.” — David Schoenfield


52. Adrian Beltré, beisebol

Principais conquistas: desde 1º de janeiro de 2000: cinco vezes ganhador da Luva de Ouro, duas vezes ganhador da Luva de Platina, quatro vezes All-Star, 455 home runs na carreira (quinto maior número desde 2000); membro do Hall da Fama

A fama de Beltre cresceu desde sua aposentadoria após a temporada de 2018 e o colocou ao lado de Mike Schmidt e Brooks Robinson entre os melhores jogadores de terceira base do esporte. Ninguém na terceira base jogou mais partidas do que Beltre, um testemunho de sua disposição de lutar contra a dor. Ele ocupou a posição com elegância e consistência, dois princípios que se aplicam ao restante de seu jogo. As estatísticas de Beltre nunca foram de uma superestrela, ele nunca ganhou um prêmio de MVP e sua alergia a caminhadas limitou seu teto. Mas tudo isso é secundário à verdade de quem Adrian Beltre foi: o melhor jogador de beisebol. — Jeff Passan


51. Steve Nash, basquete

Principais conquistas: Eleito para o time de melhores jogadores nos 75 anos da NBA, membro do Hall da Fama do basquete, duas vezes MVP, oito vezes All-Star, sete vezes eleito para o melhor quinteto da NBA, cinco vezes líder em assistências

Antes de palavras como “eficiência” e “ritmo” se tornarem tão comuns na linguagem da NBA quanto “enterrada” e “pick-and-roll”, havia um diminuto armador canadense que, como contemporâneo de Bryant e O’Neal no final dos anos 90 e início dos anos 2000, acabou ganhando tantos prêmios de MVP da temporada regular quanto os dois juntos. Sob a tutela revolucionária do técnico Mike D’Antoni com o Phoenix Suns, Nash ganhou o prêmio em 2005 e 2006 como armador das equipes de “7 segundos ou menos” que chegaram a três finais da Conferência Oeste em seis anos. Embora Nash nunca tenha ganhado um anel, ele maximizou seus talentos como armador de 1,80 m liderando a liga em assistências cinco vezes. — Dave McMenamin

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