O maior atleta do século 21? Essa é fácil. Tem que ser Lionel Messi, o melhor jogador no esporte favorito mundialmente. Oito títulos de melhor do mundo. Sim, tem que ser o argentino.
Espera… Não… LeBron James, né? Quatro vezes campeão da NBA, quatro vezes MVP das finais, quatro vezes MVP da temporada regular, 20 vezes eleito entre os melhores da liga, maior cestinha da história. Nenhum atleta foi tão dominante quanto ele. Precisa ser o número 1.
Se bem que, Serena Williams, não? Dona de 23 títulos de Grand Slam, “criou” o Serena Slam (de dona dos quatro troféus de Majors ao mesmo tempo) e quatro medalhas de ouro em Olimpíadas. E ela ainda ganhou seu último Grand Slam grávida, encerrando a carreira no auge.
Mas se for para ficar com um tenista, por que não Roger Federer? Ele transformou o esporte, com seus jogo de xadrez em quadra, sem falar de 20 títulos de Grand Slam. Virou o atleta mais amado da modalidade, como não será ele?
Sim, se não fosse o fato de Rafael Nadal ter ganho 22 títulos de Grand Slam, e Novak Djokovic, 24. Você precisa colocar algum deles acima de Federer…
É, talvez não seja tão fácil. Nós nem mencionamos lendas olímpicas como Usain Bolt, Michael Phelps, Katie Ledecky ou Simone Biles. Ou mesmo Kobe Bryant na NBA. Lewis Hamilton na Fórmula 1. Tom Brady ou Peyton Manning na NFL. Floyd Mayweather no boxe. Tiger Woods no golfe!
Sim, montar um ranking dos 100 maiores atletas desde 2000 não é fácil – e não foi mesmo, mas foi divertido. Há 20 anos, a ESPN teve um projeto de top 100 dos maiores atletas norte-americanos no século 20. Michael Jordan foi o líder.
Mas com tantos atletas gigantescos nos últimos 25 anos, nós pensamos que seria hora de fazer um novo ranking. Desta vez, indo além da América do Norte, com contribuições de edições da ESPN de todo mundo para os indicados e os votos, assim como uma lista local que será lançada em breve.
Os eleitores foram instruídos a considerar a performance dos atletas apenas a partir de 2000. Para Ronaldo Fenômeno, por exemplo, dois de seus prêmios de melhor do mundo ficaram para trás, mas, claro, ainda temos uma Copa do Mundo e uma das maiores histórias de superação de todos os tempos para considerar. Já Nikola Jokic ou Patrick Mahomes, nos esportes americanos, ainda tem muito pela frente para serem ainda mais grandiosos do que já foram até aqui.
No fim, foram mais de 70 mil votos de colaboradores da ESPN para criar o top 100. Nós vamos revelar 25 atletas por dia durante esta semana até chegarmos ao tão aguardado líder do ranking, o maior atleta do século 21.
Que as discussões comecem…
(* Edição e tradução: Thiago Cara e Vinicius Garcia)
100. Charles Woodson, futebol americano
Principais conquistass: Hall da Fama (2021), nove vezes Pro Bowler, três vezes eleito como tituar do time de melhores da temporada, eleito para o Hall da Fama dos melhores jogadores da década de 2010-2020, Jogador Defensivo do Ano de 2009
A carreira de Woodson foi uma peça de três atos. Em Oakland, como escolha número 4 do Troféu Heisman, ele era um talento do Hall da Fama que se divertia muito e jogava duro. Em Green Bay, ele se tornou um jogador do Hall da Fama. E com seu retorno aos Raiders, tornou-se uma lenda, passando de jovem selvagem na posição de cornerback a sábio veterano na posição de free safety. E se ele perdeu um passo, foi um passo precioso que poucos outros tiveram. “Foi uma bela transição”, disse Woodson, “se você preferir”. E seu primeiro técnico da NFL, Jon Gruden, certamente o faria. O estilo de vida de ritmo mais lento de Green Bay ajudou Woodson, bem, a desacelerar e a se concentrar. “E ele conheceu e se casou com a mulher certa e teve filhos”, disse Gruden. — Paul Gutierrez
99. Ed Reed, futebol americano
Principais conquistas: Hall da Fama (2019), nove vezes Pro Bowler, cinco vezes eleito para o time titular de melhores da temporada, integrou o Hall da Fama dos melhores jogadores da década de 2010-2020, Jogador Defensivo do Ano de 2004
Reed foi o maior divisor de águas defensivo de sua geração. Em 2004, ele estabeleceu um recorde da NFL ao retornar uma interceptação de 106 jardas para um touchdown contra o Browns. Quatro anos depois, quebrou seu próprio recorde com uma interceptação de 107 jardas contra os Eagles. Reed é o único jogador na história da NFL a marcar touchdowns em um retorno de punt, punt bloqueado, interceptação e recuperação de fumble. “Você vê que o safety está no meio do campo e tem um lançamento bem aberto à direita. Quando você se dá conta, ele está interceptando”, disse o ex-quarterback do Steelers, Ben Roethlisberger. “De onde ele veio? É impossível. Foi isso que o tornou um grande desafio. Ele tornou o impossível possível.” — Jamison Hensley
98. Connor McDavid, hóquei
Principais conquistas: Cinco vezes vencedor do Troféu Art Ross de líder em pontos na NHL, três vezes vencedor do Troféu Hart de melhor jogador da NHL, sete temporadas de 100 pontos em suas primeiras nove temporadas da NHL, vencedor do Conn Smythe como melhor jogador dos playoffs da NHL em 2024
Pode ser assustador ser apontado como “The Next One” (O Próximo, em tradução livre), atrás da lenda do Edmonton Oilers, Wayne Gretzky. No entanto, McDavid não é como os outros. O capitão do Edmonton aceitou esse destaque como o herdeiro aparente de Gretzky. Portanto, foi apropriado quando McDavid quebrou um recorde estabelecido por Gretzky em 1987/88 com sua 32ª assistência na pós-temporada de 2024 durante a corrida do Edmonton para a final da Stanley Cup. McDavid já era um jogador excepcional por si só, mas a maneira como ele levou os Oilers de volta à série após sair perdendo a final por 3 a 0 para forçar um jogo 7 decisivo foi espetacular. E isso fez com que McDavid ganhasse o troféu Conn Smythe pelo esforço para evitar a derrota. — Kristen Shilton
97. Virat Kohli, críquete
Principais conquistas: Campeão da Copa do Mundo de críquete ODI, campeão da Copa do Mundo de críquete T20, duas vezes melhor jogador da Copa do Mundo de críquete T20, melhor jogador da Copa do Mundo de críquete ODI de 2023, duas vezes melhor jogador de críquete do ano, maior número de séculos (pontuação de 100 ou mais corridas em um único turno de um batedor) na história dos ODIs (50), segundo maior artilheiro em T20s, terceiro maior artilheiro em ODIs, capitão de test críquete, modalidade do esporte, mais bem-sucedido da Índia
Kohli venceu a Copa do Mundo no início de sua carreira, mas corria o risco de cair na mediocridade no início da década de 2010. Mas uma abordagem feroz voltada para o condicionamento físico – o que era incomum no críquete da época – aliada a uma motivação incessante o catapultou de “talento” a titã. O fogo interior se traduz em campo. O rebatedor indiano é o maior competidor e já venceu jogos apenas com sua força de vontade. A intensidade de sua paixão provoca medo nos adversários e confusão nas arquibancadas. Kohli não nasceu para ser o melhor, ele simplesmente desejou ser. — Shubi Arun
96. Darrelle Revis, futebol americano
Principais conquistas: Hall da Fama (2023), sete vezes Pro Bowler, quatro vezes titular no melhor time da temporada, integrou o Hall da Fama dos melhores jogadores da década de 2010-2020
Revis elevou a cobertura homem a homem a um novo patamar em 2009, quando a equipe técnica do Jets tomou a decisão pouco convencional de colocá-lo na cola do melhor recebedor do adversário, sem a ajuda de um safety. Ele estava em sua própria ilha, por assim dizer, o que deu origem ao apelido “Revis Island”. O resultado foi uma das melhores temporadas de cornerback da história. Revis segurou Andre Johnson, Randy Moss (duas vezes) e Terrell Owens (duas vezes) – todos membros do Hall da Fama – com menos de 35 jardas de recepção. Ele fez o mesmo com Torry Holt, Steve Smith Sr., Reggie Wayne e Chad Ochocinco. Terminou com seis interceptações e incríveis 31 passes defendidos, ganhando a primeira das quatro seleções de titular no All-Pro, time dos melhores da temporada. — Rich Cimini
95. Zlatan Ibrahimovic, futebol
Principais conquistas: 511 gols na carreira, marcou pelo menos um gol na Champions League com seis equipes diferentes, 12 títulos nacionais com cinco clubes europeus, nomeado para a equipe do ano da Uefa quatro vezes, maior artilheiro de todos os tempos da Suécia, representou a Suécia em seis torneios
“Não posso deixar de rir de como sou perfeito.” Nunca existiu um atleta que fosse tão bom quanto Zlatan Ibrahimovic dizia ser, mas o atacante de 1,80 m se saiu tão bem quanto qualquer um poderia – e por tanto tempo quanto qualquer um poderia – se aproximar desse nível. Ele foi o artilheiro mais puro ao lado de Cristiano Ronaldo; colocou a bola na rede pelo menos uma vez em quatro décadas diferentes e continuou melhorando até os 30 anos. Ele marcou pelo menos 30 gols em todas as competições seis vezes entre 2011 e 2019, atingindo o auge com uma incrível campanha de 50 gols com o PSG em 2015/16. Ele era a personificação da arte e da força bruta ao mesmo tempo. — Bill Connelly
94. Ronaldinho Gaúcho, futebol
Principais conquistas: Campeão da Copa do Mundo, vencedor da Bola de Ouro, vencedor da Copa América, duas vezes Melhor Jogador do Ano da FIFA, duas vezes vencedor de LaLiga
Se a longevidade não fosse um fator para definir o maior de todos os tempos, Ronaldinho certamente seria o candidato por seus feitos em seus três primeiros anos no Barcelona. Entre 2003 e 2006, não houve melhor espetáculo no futebol. Houve poucos, se é que houve algum, jogadores mais talentosos na história do futebol mundial e, por muito pouco, Ronaldinho cativou com sua alegria infantil por suas próprias conquistas, lembrando a muitos a razão pela qual se apaixonaram pelo esporte em primeiro lugar. A decepcionante Copa do Mundo de 2006 foi um ponto de inflexão, e ele pareceu se cansar dos sacrifícios necessários para permanecer no nível mais alto. Mas esses três anos foram inesquecíveis. — Tim Vickery
93. Rory McIlroy, golfe
Principais conquistas: 122 semanas como golfista número 1 do mundo, 26 vitórias no PGA TOUR, torneio masculino (incluindo quatro vitórias em Majors), ficou a uma vitória no Masters de completar o grand slam da carreira com todos os títulos de Major
Depois que McIlroy venceu seus dois primeiros campeonatos importantes, o U.S. Open de 2011 e o PGA Championship de 2012, por 8 tacadas e, em seguida, somou mais dois campeonatos importantes em um período de três semanas em 2014, o jornal inglês Guardian declarou que era “o início de uma nova era”. Não há dúvida de que McIlroy tem sido um dos jogadores de golfe mais consistentes e populares de sua geração. Ele ganhou 40 vezes, incluindo 26 vezes no PGA Tour. Ele é três vezes o Jogador do Ano do PGA Tour e cinco vezes vencedor da Corrida para Dubai do DP World Tour. No entanto, a seca de quase 10 anos de McIlroy nos quatro majors desde a conquista do PGA Championship de 2014 o deixa um degrau abaixo de lendas como Tiger Woods, Jack Nicklaus, Arnold Palmer e outros. A menos, é claro, que McIlroy ainda tenha mais algumas vitórias pela frente. — Mark Schlabach
92. Pedro Martinez, beisebol
Principais conquistas: desde 1º de janeiro de 2000: Hall da Fama, vencedor do prêmio Cy Young de melhor arremessador em 2000, quatro vezes All-Star, vencedor da World Series em 2004, líder em strikeouts, ou evitar três vezes uma rebatida do mesmo jogador, em 2000 e 2002
Antes de Martinez e seus companheiros de equipe de Boston de 2004 encerrarem a épica seca de títulos da World Series da franquia, todas as estrelas do Red Sox tiveram que responder a inúmeras perguntas sobre a “Maldição do Bambino”. Uma das respostas de Martinez resumiu como um destro baixo e magro poderia se tornar um dos arremessadores mais dominantes de todos os tempos: “Não acredito em maldições. Acorde o maldito Bambino e me faça enfrentá-lo. Talvez eu lhe dê um soco no traseiro”. De 1997 a 2003, o auge de uma das eras ofensivas mais explosivas do beisebol, Martinez foi o melhor arremessador de todos os tempos, com 118 vitórias e 36 derrotas, mais de 250 eliminações por temporada e três prêmios Cy Young. — Bradford Doolittle
91. Aaron Rodgers, futebol americano
Principais conquistas: Quatro vezes MVP da NFL, 10 vezes Pro Bowler, quatro vezes eleito para o time de melhores da temporada, integrou Hall da Fama dos melhores jogadores da década de 2010-2020, MVP do Super Bowl XLV, 475 passes para TDs (líder de todos os tempos dos Packers)
De todos os superlativos e marcos que podem ser usados para explicar a grandeza de Rodgers, aqui está um que muitas vezes é esquecido. Ele é o líder de todos os tempos da NFL na proporção entre touchdowns e interceptações (475 TDs, 105 INTS). Dessa forma, ele foi o anti-Brett Favre, mas deu continuidade à notável trajetória de sucesso de Favre em Green Bay antes de ser negociado com o Jets. O técnico do Packers, Matt LaFleur, talvez tenha sido quem melhor descreveu o impacto de Rodgers quando disse, perto do final de sua passagem pelo Packers: “Sinceramente, muitas pessoas foram recompensadas por causa de capacidade dele de ir lá e jogar.” — Rob Demovsky
90. A’ja Wilson, basquete
Principais conquistas: Duas vezes campeã da WNBA, MVP das Finais de 2023, medalhista de ouro olímpica em 2020, duas vezes MVP da WNBA, duas vezes Jogadora Defensiva do Ano da WNBA, Caloura do Ano da WNBA de 2018, três vezes membra do Melhor Time da All-WNBA, duas vezes membra do Primeiro Time defensivo da WNBA, campeã universitária em 2017 e Jogadora Mais Destacada das finais universitárias, vencedora do Troféu Wade de melhor jogadora universitária em 2018
Wilson ajudou a levar os Gamecocks da Carolina do Sul, sua cidade natal, à sua primeira semifinal universitária em 2015 e ao primeiro título em 2017. Escolha número 1 em 2018, ela foi draftada pelo recém-realocado Las Vegas Aces e tem se encaixado perfeitamente lá. Recentemente, ela se tornou a maior pontuadora de todos os tempos da franquia e participará de sua segunda Olimpíada. Ela é a favorita para ganhar o seu terceiro prêmio de MVP da WNBA e está no caminho certo para ter a melhor temporada em termos de eficiência da história da liga. Ela completa 28 anos em agosto, mas já tem uma estátua do lado de fora da arena de sua faculdade. — Michael Voepel
89. Annika Sorenstam, golfe
Principais realizações: desde 1º de janeiro de 2000: Oito vitórias em Majors (maior quantidade durante esse período); obteve 54 de suas 72 vitórias no LGPA Tour, campeonato feminino, competiu em um evento do PGA TOUR, torneio masculno, em 2003
Não se trata apenas do fato de a golfista sueca ter vencido 97 vezes em todo o mundo, conquistado 10 campeonatos importantes e ser a única mulher a marcar 59 pontos em um torneio profissional. Ou que Sorenstam venceu 11 vezes em 2002 – o maior número de vitórias no LPGA Tour em quase 40 anos – e se tornou a primeira mulher a jogar em um evento do PGA em mais de meio século, quando competiu no Bank of America Colonial Tournament em 2003. Quando Sorenstam se aposentou das competições em tempo integral, aos 38 anos de idade, em 2008, ela ainda tinha alguns de seus melhores desempenhos de golfe pela frente. Durante sua carreira no Hall da Fama, Sorenstam estabeleceu recordes de pontuação em torneios de 72 e 54 buracos. — Mark Schlabach
88. Roy Halladay, beisebol
Principais conquistas: desde 1º de janeiro de 2000: integrante do Hall da Fama, duas vezes vencedor do prêmio Cy Young de melhor arremessador (um dos sete jogadores a vencer o Cy Young nas ligas americana e nacional), oito vezes All-Star, e dois jogos no-hitters, no qual os adversários não rebateram nenhum dos seus arremessos
Halladay foi o produto de uma era passada em que um arremessador se esforçava para terminar o que começava. Nunca dotado de uma velocidade impressionante, Halladay “matava” com cortes de papel. Ele andou com os rebatedores em uma taxa quase idêntica à de Greg Maddux e registrou temporadas com mais de 220 innings como se não fossem nada. Seu braço direito recebeu a glória, mas foi o cérebro de Halladay – seu senso inato de como arremessar para cada rebatedor – que lhe rendeu 203 jogos. Quando ele morreu em um acidente de avião em 2017, uma profunda tristeza se espalhou pelo esporte. O grande artesão dos arremessos havia desaparecido e nunca mais seria reproduzido. — Jeff Passan
87. Ronaldo Fenômeno, futebol
Principais conquistas: Duas vezes vencedor da Copa do Mundo, duas vezes ganhador da Bola de Ouro, duas vezes vencedor da Copa América, eleito três vezes o melhor jogador do mundo pela FIFA, ganhador da Bola de Ouro na Copa do Mundo de 1998, vencedor da Chuteira de Ouro na Copa do Mundo de 2002
O Ronaldo original era provavelmente o centroavante mais rápido e potente da história do futebol, capaz de variar o ritmo e de desacelerar, manter a cabeça erguida e chutar a gol com grande precisão. Todas essas virtudes foram vistas melhor no século XX, mas o século XXI foi o que apresentou o melhor enredo. Por duas vezes, seu joelho desabou, e ele ficou uivando de dor terrível. Muitos pensaram que a segunda lesão foi o fim de sua carreira. No período que antecedeu a Copa do Mundo de 2002, a Inter de Milão, seu clube, não conseguiu colocá-lo em forma. O Brasil assumiu o comando, e ele conquistou o torneio, levando uma equipe que quase não se classificou ao Mundial a um triunfo memorável. Essa é uma das grandes histórias de volta por cima na história do esporte. — Tim Vickery
86. Venus Williams, tênis
Principais conquistas: Sete vezes campeã de Grand Slams em simples, cinco vezes campeã de Wimbledon, 270 vitórias em partidas de Major (quinto maior número de vitórias de uma mulher na Era Aberta), recorde de 89 aparições em Majors na carreira de simples
A irmã Williams mais velha surgiu no cenário do tênis como uma adolescente entusiasmada e alegre, e provavelmente teria conquistado muito mais títulos se não fosse pela chegada de Serena. Embora os resultados de Williams tenham sido notáveis e ela tenha o maior número de títulos de Major entre as mulheres ativas no circuito, ela tem sido igualmente influente fora das quadras como defensora da igualdade de gênero no tênis e fora dele. Enquanto defendia a igualdade de remuneração em Wimbledon, por exemplo, Williams fez uma pergunta simples aos funcionários do torneio em uma reunião: “Vocês gostariam que sua filha, sua irmã, sua mãe, sua esposa ou um ente querido fosse uma mulher que recebesse menos?” Wimbledon ofereceu prêmios em dinheiro iguais para homens e mulheres em 2007. Ela classificou a conquista como “o melhor momento de minha carreira” em 2023. — D’Arcy Maine
85. Kawhi Leonard, basquete
Principais conquistas: Duas vezes MVP das finais, duas vezes campeão da NBA, seis vezes All-Star, cinco vezes selecionado entre os melhores jogadores da NBA, duas vezes Jogador Defensivo do Ano
Nem mesmo uma passagem pelo LA Clippers marcada por lesões pode diminuir um legado que apenas alguns jogadores na história podem igualar ou superar. Leonard é um dos 12 jogadores que já ganharam dois troféus de MVP das Finais da NBA. Nenhum deles, no entanto, levou uma equipe canadense ao primeiro campeonato da NBA do país. Ao levar o Toronto Raptors ao título em 2019, Leonard se consolidou como um dos jogadores mais decisivos do esporte quando saudável nos playoffs. Ele fez um dos mais lendários buzzer beaters da história dos playoffs, quando seu arremesso giratório do canto pingou suavemente no aro quatro vezes e entrou para eliminar o Philadelphia 76ers no jogo 7 das semifinais da Conferência Leste naquela temporada. Mesmo durante seus cinco anos de contrato com o Clippers, Leonard mostrou sinais de excelência quando estava saudável. Ele só precisa terminar uma pós-temporada saudável novamente, algo que não faz desde 2020. — Ohm Youngmisuk
84. Lauren Jackson, basquete
Principais conquistas: Duas vezes campeã da WNBA, MVP das Finais de 2010, três vezes medalhista olímpica de prata e uma de bronze, três vezes MVP da WNBA, Jogadora Defensiva do Ano da WNBA de 2007, sete vezes integrante do Melhor Time da WNBA, duas vezes integrante do Melhor Time Defensivo da WNBA, integrante do Hall da Fama do Basquete
Jackson é a melhor jogadora de basquete feminino da Austrália e uma das melhores de todos os tempos do mundo. Selecionada com a primeira escolha pelo Seattle Storm aos 19 anos em 2001, ela é uma das três jogadoras a ser três vezes MVP da WNBA. Ela levou o Storm aos títulos da liga em 2004 e 2010, e suas temporadas de 2007 e 2006 são as duas melhores em Índice de Eficiência do Jogador na história da WNBA. Conhecida por sua forte presença interna ofensiva e defensiva, a carreira de Jackson na WNBA terminou após a temporada de 2012 devido a problemas de lesão. No entanto, mais tarde ela retomou sua carreira na Austrália e entrou para sua quinta equipe olímpica este ano, aos 43 anos. — Michael Voepel
83. Chris Paul, basquete
Principais conquistas: Eleito para o time de melhores da história nos 75 anos da NBA, 12 vezes eleito para o All-Star Game, 11 vezes selecionado para o melhor quinteto da liga, nove vezes entre os melhores defensores, MVP do All-Star Game de 2013, Calouro do Ano de 2005/06, seis vezes líder em roubos de bola na temporada, cinco vezes líder em assistências
Paul executou milhares de pick-and-rolls com perfeição e distribuiu quase 12 mil assistências, mas sua maior façanha talvez tenha sido transformar o LA Clippers de saco de pancadas anual em candidato constante aos playoffs, como maestro da franquia em times inesquecíveis. Antes da chegada de Paul a Los Angeles, os Clippers haviam chegado à pós-temporada apenas sete vezes em toda a sua história. A equipe de Paul chegou aos playoffs seis vezes consecutivas, enquanto ele conectava algumas das pontes aéreas mais impressionantes da história da NBA para Blake Griffin e DeAndre Jordan. Os torcedores do Clippers não se esquecerão do arremesso da vitória de Paul no jogo 7, que encerrou uma atuação de 27 pontos, contra o atual campeão San Antonio Spurs na primeira rodada dos playoffs em 2015. — Ohm Youngmisuk.
82. Kohei Uchimura, ginástica
Principais conquistas: Sete vezes medalhista olímpico, três vezes medalhista de ouro olímpico, seis vezes campeão mundial individual geral
Durante um período de oito anos, entre 2009 e 2016, Uchimura dominou a ginástica masculina, ficando invicto na competição geral, ganhando títulos olímpicos consecutivos e levando a equipe japonesa ao ouro nos Jogos do Rio. Ele se aposentou do esporte em 2022, com a reputação de combinar extrema dificuldade com consistência inigualável e execução impecável, e é amplamente considerado o melhor atleta da ginástica masculina. Em um de seus desempenhos mais memoráveis, Uchimura obteve uma média superior a 9 em todos os aparelhos para conquistar o título geral no campeonato mundial de 2011 em Tóquio, realizado sete meses depois que um terremoto e um tsunami devastaram o nordeste do Japão. — Alyssa Roenigk
81. Sheryl Swoopes, basquete
Principais conquistas: Campeã da WNBA em 2000, duas vezes medalhista de ouro olímpica, três vezes MVP da WNBA, três vezes Jogadora Defensiva do Ano da WNBA, três vezes integrante do primeiro time da WNBA, integrante do Hall da Fama do Basquete
Swoopes, uma peça fundamental da dinastia do Houston Comets, conquistou o último de seus quatro títulos da WNBA em 2000 e foi a MVP da liga em 2000, 2002 e 2005. Ela também foi uma das melhores desestabilizadoras de corredores de passes na história do basquete feminino, o que a levou a ser homenageada como a melhor jogadora defensiva da WNBA em 2002 e 2003. Dois de seus três ouros olímpicos vieram em 2000 e 2004, e ela jogou na WNBA até os 40 anos. — Michael Voepel
80. Andy Murray, tênis
Principais conquistas: Três vezes campeão do Grand Slam de simples, terminou entre os 10 melhores do ranking da ATP por nove anos consecutivos de 2008 a 2016, duas vezes medalhista de ouro olímpico em simples
Antes parte do “Big Four” (os quatro grandes, em tradução livre), Murray foi essencialmente removido da conversa quando Federer, Nadal e Djokovic emergiram a um nível superior. No entanto, embora seus três Grand Slams sejam insignificantes em comparação com os de seus colegas, talvez nenhuma vitória tenha sido mais memorável do que o primeiro título de Murray em Wimbledon em 2013. Um ano depois de chegar devastadoramente perto de ganhar seu Major em casa, Murray, determinado, segurou Djokovic em três sets convincentes para ganhar seu primeiro título desse nível. Sem nunca conseguir esconder suas emoções, Murray chorou abertamente na quadra após a vitória, provando o quanto ela significava para ele. A BBC chamou a conquista de “O Santo Graal” para do esporte britânico. — D’Arcy Maine
79. Bryce Harper, beisebol
Principais conquistas: Duas vezes MVP (2015 e 2021), Calouro do Ano da Liga Nacional (NL) em 2012, sete vezes All-Star, três vezes melhor jogador ofensivo, MVP da Liga Nacional em 2022, campeão da disputa de home runs em 2022 no estádio Nationals Park
Ele foi capa da Sports Illustrated, revista norte-americana, aos 16 anos com a manchete “O escolhido do beisebol” e, de alguma forma, conseguiu fazer jus à fama, incluindo alguns dos melhores números da pós-temporada de todos os tempos. Ele até ajudou a tornar o beisebol divertido novamente – desde seu estilo de jogo completo até suas chuteiras verdes do Phillie Phanatic. Raramente houve uma combinação mais perfeita entre jogador de beisebol e cidade do que Harper e a Filadélfia. “Ele te leva para dentro do jogo com seu talento e garra. Isso agrada à base de torcedores”, disse Chase Utley, ex-grande jogador dos Phillies. — David Schoenfield
78. Bernard Hopkins, boxe
Principais conquistas: Retrospecto de 55 vitórias-8 derrotas-2 empates (32 nocautes) de 1988 a 2016, campeão mundial de boxe mais velho de todos os tempos aos 49 anos, 20 defesas de título de peso médio, campeão mundial de duas divisões
A longevidade sobrenatural de Hopkins fez com que ele se chamasse apropriadamente de “O Extraterrestre” no final de sua carreira profissional de 28 anos. Ele fez 20 defesas do título mundial dos pesos médios (1996-2005), um recorde, e parou Oscar De La Hoya com um golpe no corpo para se tornar campeão absoluto em 2004. O raciocínio no ringue e o condicionamento excepcional do nativo da Filadélfia permitiram que ele conquistasse títulos mundiais até os 40 anos. Em 2011, Hopkins superou Jean Pascal pelo título dos pesos meio-pesados e se tornou o campeão mundial de boxe mais velho de todos os tempos, com 46 anos de idade. Dois anos depois, Hopkins reconquistou o título dos pesos leves e, em 2014, aos 49 anos, derrotou o campeão dos pesos meio-pesados Beibut Shumenov.
77. Shelly-Ann Fraser Pryce, atletismo
Principais conquistas: Oito vezes medalhista olímpica, três vezes medalhista de ouro olímpica, recorde de cinco títulos mundiais nos 100 m, velocista mais velha (35 anos em 2022) a ganhar um título mundial
Um dia após a vitória de Usain Bolt nos 100 metros nos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008, Fraser-Pryce tornou-se a primeira mulher do Caribe a ganhar o ouro olímpico no evento. Quatro anos mais tarde, ela defendeu seu título nos 100 metros (assim como Bolt), consolidando ainda mais a reputação da Jamaica como uma potência na corrida de velocidade. Com pouco mais de 1,50 m de altura e normalmente usando mechas de arco-íris, a “Pocket Rocket” (Foguete de Bolso, em tradução livre) conquistou medalhas na corrida mais rápida do atletismo nos últimos quatro Jogos. Em Paris, sua quinta e última Olimpíada, Fraser-Pryce estará mais uma vez na linha de frente com o objetivo de reconquistar seu título de mulher mais rápida do mundo. — Alyssa Roenigk
76. Georges St-Pierre, MMA
Principais conquistas: Hall da Fama do UFC, campeão dos pesos meio-médio e médio do UFC, nove defesas do título dos pesos meio-médio do UFC
Sem dúvida, nenhum lutador na história do UFC preencheu melhor a lacuna entre os “dias antigos” do esporte e sua forma moderna. Particularmente de 2006 a 2013, St-Pierre representou tudo o que as artes marciais mistas estavam procurando. Ele foi essencialmente perfeito naqueles anos, vencendo 14 de 15 lutas, incluindo 12 pelo título. Em um determinado momento, ele venceu 33 rounds consecutivos. Foi o único responsável por uma explosão de interesse dos fãs no Canadá e uma das maiores estrelas do evento em todo o mundo. Seu estilo estava à frente de seu tempo, conhecido por combinar uma variedade de habilidades perfeitamente. Ele também é lembrado como um dos críticos mais francos das substâncias que melhoram o desempenho em sua época. — Brett Okamoto