Recuperação judicial da Lusa é deferida. Torcida não deve esperar milagres

Ao longo da semana, muitos torcedores se manifestaram com preocupação (e até revolta) após os anúncios feitos por Alex Bourgeois, um dos sócios da Tauá e que está à frente do projeto.

É claro que a primeira barca de reforços não teria jogadores do calibre de um Mbappé. É um pouco inacreditável que os torcedores achem que viria coisa muito boa e empolgante.

O Botafogo virou SAF em 2022. Estava na segunda divisão. É preciso começar o trabalho de algum lugar, e o Botafogo não começou sua vida “privatizada” contratando Luiz Henrique e Almada.

Os investidores logicamente resolveram apostar na Portuguesa para ganhar dinheiro de duas formas: exploração imobiliária e formação/venda de jogadores. Imaginem só se os donos do dinheiro já estão cobrando resultados agora. É claro que não. Tudo leva tempo no futebol. A SAF da Portuguesa não tem como montar o time para competir pelo Paulistão. Ela corre contra o tempo para montar um time que minimamente possa competir e se manter na divisão de elite do Estado.

A herança que ficou é trágica em termos de material humano – o único jogador “aproveitável” é Maceió. A Associação sequer pagou os salários de novembro, ainda que a SAF ainda não tivesse ainda assinada – os investidores devem encontrar uma maneira para pagar os salários em forma de bichos ou coisa do tipo, para não deixar na mão os funcionários às vésperas do Natal. A barca de jogadores dispensados, quase todos em fim de contrato, será grande.

E o mercado ainda não sabe o que será da Portuguesa. Não é tão simples convencer jogadores e empresários. É um processo de restauração de credibilidade que será bastante penoso. Um passo importante foi o dado nas últimas horas, com o pedido de recuperação judicial caminhando.

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