Quando são causadas por vírus, como suspeitam as autoridades sanitárias no caso do litoral paulista, os sintomas surgem após o consumo de água ou alimentos contaminados, depois do contato próximo com pessoas infectadas e em locais com más condições de higiene. Podem vir acompanhados de náuseas, vômitos, dor abdominal, perda de apetite e febre e têm duração limitada (raramente passam de sete dias).
Os principais vírus que podem causar diarreia são os rotavírus, que acometem principalmente crianças pequenas e contra os quais existe vacina, os adenovírus e os norovírus.
Já as diarreias bacterianas causam sintomas semelhantes aos das diarreias virais, mas a febre pode ser mais alta e mais persistente, de acordo com o infectologista Bruno Ishigami. “A presença de muco ou sangue nas fezes também leva à suspeita de um quadro bacteriano”, afirma o médico. “Nesses casos, é preciso uma avaliação médica para verificar a necessidade de uso de antibiótico e, caso necessário, escolher qual o indicado”, complementa.
As bactérias que mais comumente causam quadros de diarreia aguda são Campylobacter, Salmonella, Shigella, Staphylococcus aureus, Escherichia coli, entre outras.
As parasitoses também podem provocar gastroenterites. Também chamados de “vermes”, os parasitas que podem provocar diarreia. Os mais comuns são: Ascaris lumbricoides (lombriga), ancilostoma (que causa o amarelão), os oxiúros e as tênias. A amebíase e a giardíase são infecções causadas por protozoários, que também podem causar diarreia. O tratamento inclui medicamentos e deve ser indicado por um médico.
Litoral paulista
Durante o verão, são comuns as epidemias de doenças gastrointestinais, especialmente as provocadas por vírus. Nessa época, cidades com infraestrutura precária, sem rede de saneamento adequada, recebem muito mais pessoas do que podem acomodar.