A internet, sem dúvida, foi um dos maiores marcos dos últimos 30 anos. Ela se tornou uma ferramenta essencial no nosso dia a dia, seja para trabalhar, estudar, nos divertir ou simplesmente nos conectar com o mundo. Quem poderia imaginar que, com um simples clique, estaríamos trocando mensagens com pessoas de outros bairros, cidades, estados e até países? Mas com toda essa revolução digital, também surgiram desafios relacionados à liberdade que a internet nos oferece.
De um lado, temos pessoas incríveis que usam a internet para compartilhar conhecimento, fazer o bem e contribuir para um mundo mais informado. Mas, do outro, vemos uma onda crescente de desinformação, impulsionada por aqueles que se aproveitam dessa plataforma para espalhar mentiras. Um bom exemplo disso são alguns influencers que se autoproclamam especialistas em saúde, divulgando dietas milagrosas ou prometendo resultados milagrosos em exercícios físicos, mesmo sem serem nutricionistas ou educadores físicos.
A mesma coisa acontece com quem opina sobre política. Em vez de contribuir com informação precisa e reflexiva, acabam espalhando fake news que, embora absurdas, convencem um grande número de pessoas que não se dão ao trabalho de verificar a fonte ou a veracidade da informação. A internet, quando usada de forma responsável, é uma ferramenta poderosa, capaz de proporcionar conhecimento e acesso a oportunidades. Porém, quando mal utilizada, pode se tornar um terreno fértil para a manipulação, visando apenas o lucro de quem espalha as mentiras.
Com uma jornada marcada pela luta pela autonomia econômico-financeira e pela promoção da diversidade e inclusão, acredito que a internet também pode ser uma grande aliada das mulheres. Para muitas de nós, ela é uma ponte para o empreendedorismo, um espaço em que podemos desenvolver nossos negócios e ampliar nossa liderança. Contudo, também é um campo de batalha onde é preciso ter muito cuidado para não ser arrastada por discursos vazios ou promessas de sucesso fácil, que muitas vezes são alimentadas pela desinformação.
É fundamental lembrar que, ao publicar algo na internet, há sempre alguém do outro lado lendo, absorvendo e, muitas vezes, se guiando pelas nossas palavras. Por isso, a responsabilidade é ainda maior. Qualquer conteúdo divulgado sem fontes confiáveis pode prejudicar alguém de forma irreparável. Às vezes, o que parece inofensivo na tela de um celular pode ter consequências reais na vida de outras pessoas.
A luta pela autonomia e pela liderança das mulheres passa também pela construção de uma rede digital mais ética e inclusiva, em que a diversidade seja valorizada e que possamos compartilhar conteúdos verdadeiros e que promovam o empoderamento.
Então, da próxima vez que for compartilhar algo, pare e pense: você realmente sabe do que está falando? Se não for especialista no assunto, por que não confiar em quem realmente entende do tema? Seja sobre saúde, política, empreendedorismo ou qualquer outra área, a responsabilidade é nossa. Ao compartilhar algo, nos tornamos formadoras de opinião, e isso não é algo que devemos tratar levianamente.
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