Longe, muito longe de ser um craque, Tonhão comove por sua partida precoce, aos 55 anos, pela lembrança de um jogador que fez história mais pelo carisma do que pela qualidade. Os cabelos esvoaçantes, os desarmes duros e os chutes fortes para a linha lateral, para não correr risco, causaram inexplicável sintonia com as arquibancadas, que tinham motivos de sobra para se encantar com a técnica de Edmundo, Evair, Antônio Carlos, Mazinho, Zinho, Edílson e Roberto Carlos.
O titular daquele time campeão de 1993 era Edinho Baiano, ausente por lesão das duas finais contra o Corinthians. Tonhão era mais querido pela torcida do que Alexandre Rosa, errava pouco, não corria riscos.
A torcida o recebia com o canto: “Tonhão, Tonhão —-, Tonhão, Tonhão, Tonhão!” Ritmado, dois pra lá, três pra cá… E ele era o camisa quatro.