Esse tipo de transação tem causado desconfiança nos outros clubes da França que disputam a Ligue 1, especialmente os que concorrem por vaga na Champions League. Isso porque há um indício de que as operações servem para burlar as regras de Fair Play Financeiro da França.
Ou seja, o Botafogo contrata jogadores caros e depois os repassa ao Lyon mais barato ou a custo zero. Assim, o Lyon dribla o limite de gastos. No meio de 2024, o clube francês gastou 130 milhões de euros em contratações na janela do meio do ano, um dos motivos que levou à punições no final do ano.
Pelas notícias, Luiz Henrique deve ser vendido pelo grupo. Mas, se optar pelo Lyon, também haverá a mesma questão.
Há outro tipo de transação também. O Botafogo contratou Jeffinho por 5,3 milhões do Lyon por 70%. É um jogador que ficou a maior parte do tempo no banco do clube carioca em 2024. Anteriormente, fora vendido pelo próprio Botafogo ao Lyon por 10 milhões de euros. Sua ida ajuda as finanças do clube francês.
Ao final do Brasileiro-2023, o Botafogo também vendeu Adryelson e Lucas Perri ao Lyon. As negociações foram por 4,1 milhões e 4 milhões, respectivamente. Perri vinha sendo convocado para a seleção, e ambos acabaram a Série A como destaques.
A visão de outros clubes na França é que as transações de Textor podem abrir uma brecha para todas as MCOs (grupos multi-clubes) poderem fazer o mesmo. Ou seja, as regras de Fair Play para conter gastos com contratações se tornariam inúteis desta forma.